Política
DEM não começou paquera com presidenciáveis, diz prefeito de Salvador
Bruno Reis diz que partido pode apoiar de Huck a Ciro, de Bolsonaro a Dória
SBT News
• Atualizado em
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A política nacional olha com atenção os próximos passos do DEM para entender os movimentos do partido com vistas à corrida ao Planalto em 2022. Mas o prefeito de Salvador Bruno Reis, um fiel escudeiro do presidente da legenda, ACM Neto, avisa que não adianta tentar antecipar os cenários, porque a sigla está de coração aberto. "A gente diz que na vida e na política tem dia de paquerar, dia de namorar e dia de casar. E nem sequer as paqueras começaram", jura.
Questionado se o partido vai estender o tapete vermelho para o apresentador Luciano Huck para tentar uma candidatura própria, ele brinca: "Vermelho não. Tapete azul, porque aqui é a nossa cor. Mas não tenha dúvidas: se o DEM tiver a possibilidade de ter um projeto próprio consistente para presidente da República, nós iremos seguir esse caminho".
O prefeito diz que há várias alternativas a serem analisadas. "Há o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Pessoas com quem temos afinidade de ideias e de pensamentos em relação ao país e o perfil que a gente espera de um homem público para que possa conduzir o destino da nossa nação", ressalta.
Ele diz que, por essas e outras razões, o DEM não tem adesão automática com o atual governo, apesar de ter ministros na Esplanada e de ter liberado a bancada para votar como quisesse na eleição para a presidência da Câmara - o que terminou garantindo a vitória do candidato bolsonarista. No entanto, Reis não descarta a possibilidade de o DEM fazer palanque para Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022.
"Se for um adversário de um partido com ideias opostas às nossas, pensamentos, questões ideológicas que nós entendemos que não é o nome mais preparado para governar o país, temos condições sim de apoiar no segundo turno o atual presidente Jair Bolsonaro", pondera. Em 2018, os demistas fizeram aliança com o tucano Geraldo Alckmin no primeiro turno e apoiaram Bolsonaro no segundo.
O prefeito de Salvador também diz que torce pelo sucesso da atual gestão. "Nós torcemos para que o governo Bolsonaro dê certo e não deixaremos de dar o apoio necessário para o país dar certo. Nós não fazemos a política do quanto pior, melhor", garante.
Apesar de incluir João Doria na lista de possíveis presidenciáveis que podem contar com o apoio do DEM no próximo ano, o prefeito de Salvador diz que tudo vai depender do comportamento e do tom que serão adotados pelo governador de São Paulo.
"Não tenha dúvidas que vai depender do tipo de tratamento que nós tenhamos. É óbvio que, se houver uma investida do PSDB em relação ao Democratas, isso vai fechar as portas para 2022. Agora, eventualmente receber um ou outro insatisfeito, é o natural do processo político", diz o prefeito.
A mensagem é uma referência às tentativas de Doria de levar para o PSDB o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e outros dissidentes do DEM, insatisfeitos com os desdobramentos políticos da eleição do deputado Arthur Lira (PP) para o comando da Casa.
"Quem na política quer apoio, dá apoio. Você não pode querer retirar aliados, parceiros políticos no partido e depois querer ter o apoio desse partido", orienta.
Bruno Reis admite que não há mais condições políticas para Rodrigo Maia ficar no DEM. Entretanto, nega que tenha ocorrido traição de ACM Neto. "Rodrigo Maia está procurando culpados. Em nenhum momento nós queríamos a saída dele do partido, mas não tenho dúvida que, quanto mais essa corda estica, quanto mais ele faz declaração nesse sentido, mais vai se tornando irreversível a sua mudança", conclui.
Bruno Reis tem mais de duas décadas de amizade e relação política com o presidente do DEM. Aos 43 anos, ele já foi deputado estadual duas vezes, foi vice-prefeito (2017-2020), no segundo mandato de ACM Neto, também foi assessor político do ex-prefeito de 2000-2010. No ano passado, Reis foi eleito prefeito da capital baiana em primeiro turno, com mais de 64% dos votos.
O Poder em Foco vai ao ar todo domingo, logo após o Programa Silvio Santos. É apresentado por Roseann Kennedy, que semanalmente recebe um jornalista convidado. Nesta semana é Raphael Veleda, do site Metrópoles.
Questionado se o partido vai estender o tapete vermelho para o apresentador Luciano Huck para tentar uma candidatura própria, ele brinca: "Vermelho não. Tapete azul, porque aqui é a nossa cor. Mas não tenha dúvidas: se o DEM tiver a possibilidade de ter um projeto próprio consistente para presidente da República, nós iremos seguir esse caminho".
O prefeito diz que há várias alternativas a serem analisadas. "Há o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Pessoas com quem temos afinidade de ideias e de pensamentos em relação ao país e o perfil que a gente espera de um homem público para que possa conduzir o destino da nossa nação", ressalta.
Ele diz que, por essas e outras razões, o DEM não tem adesão automática com o atual governo, apesar de ter ministros na Esplanada e de ter liberado a bancada para votar como quisesse na eleição para a presidência da Câmara - o que terminou garantindo a vitória do candidato bolsonarista. No entanto, Reis não descarta a possibilidade de o DEM fazer palanque para Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022.
"Se for um adversário de um partido com ideias opostas às nossas, pensamentos, questões ideológicas que nós entendemos que não é o nome mais preparado para governar o país, temos condições sim de apoiar no segundo turno o atual presidente Jair Bolsonaro", pondera. Em 2018, os demistas fizeram aliança com o tucano Geraldo Alckmin no primeiro turno e apoiaram Bolsonaro no segundo.
O prefeito de Salvador também diz que torce pelo sucesso da atual gestão. "Nós torcemos para que o governo Bolsonaro dê certo e não deixaremos de dar o apoio necessário para o país dar certo. Nós não fazemos a política do quanto pior, melhor", garante.
Recado para Doria
Apesar de incluir João Doria na lista de possíveis presidenciáveis que podem contar com o apoio do DEM no próximo ano, o prefeito de Salvador diz que tudo vai depender do comportamento e do tom que serão adotados pelo governador de São Paulo.
"Não tenha dúvidas que vai depender do tipo de tratamento que nós tenhamos. É óbvio que, se houver uma investida do PSDB em relação ao Democratas, isso vai fechar as portas para 2022. Agora, eventualmente receber um ou outro insatisfeito, é o natural do processo político", diz o prefeito.
A mensagem é uma referência às tentativas de Doria de levar para o PSDB o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e outros dissidentes do DEM, insatisfeitos com os desdobramentos políticos da eleição do deputado Arthur Lira (PP) para o comando da Casa.
"Quem na política quer apoio, dá apoio. Você não pode querer retirar aliados, parceiros políticos no partido e depois querer ter o apoio desse partido", orienta.
Bruno Reis admite que não há mais condições políticas para Rodrigo Maia ficar no DEM. Entretanto, nega que tenha ocorrido traição de ACM Neto. "Rodrigo Maia está procurando culpados. Em nenhum momento nós queríamos a saída dele do partido, mas não tenho dúvida que, quanto mais essa corda estica, quanto mais ele faz declaração nesse sentido, mais vai se tornando irreversível a sua mudança", conclui.
Bruno Reis tem mais de duas décadas de amizade e relação política com o presidente do DEM. Aos 43 anos, ele já foi deputado estadual duas vezes, foi vice-prefeito (2017-2020), no segundo mandato de ACM Neto, também foi assessor político do ex-prefeito de 2000-2010. No ano passado, Reis foi eleito prefeito da capital baiana em primeiro turno, com mais de 64% dos votos.
Poder em Foco
O Poder em Foco vai ao ar todo domingo, logo após o Programa Silvio Santos. É apresentado por Roseann Kennedy, que semanalmente recebe um jornalista convidado. Nesta semana é Raphael Veleda, do site Metrópoles.
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