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Polícia

Venda de decisões: PF mira suspeitos de vazar e até comercializar informações de investigações

Nona fase da força-tarefa Sisamnes cumpre mandados em Palmas; também nesta semana, Polícia Federal revelou esquema para espionar e matar autoridades

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Polícia Federal | Divulgação/PF
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A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (30), nova e nona fase da operação Sisamnes, que apura compra e venda de decisões judiciais em Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na ação de hoje, agentes cumprem três mandados de busca e apreensão em Palmas, capital de Tocantins, contra suspeitos de "vazamento e comercialização de informações sigilosas" de investigações da própria PF.

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Ordens judiciais foram determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Justiça também proibiu dois alvos de manterem contato e de saírem do país, com recolhimento de passaportes.

Segundo a corporação, alvos de investigações "teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações policiais, comprometendo a eficácia das medidas judiciais que seriam implementadas". A nona fase da Sisamnes também busca apurar "privilégios ilegais concedidos" a um dos suspeitos presos em outra etapa da força-tarefa.

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A PF deflagrou nesta semana outras duas fases da operação Sisamnes. Na quarta (28), a sétima etapa da força-tarefa revelou existência de uma espécie de "empresa de extermínio", formada por civis e militares (da ativa e reserva). Esse grupo, autointitulado "Comando C4 (Comando de Caça-Comunistas, Corruptos e Criminosos)", cobrava até R$ 250 mil para espionagem e "homicídios sob encomenda" de pessoas comuns e autoridades.

Tabela reúne preços e armamentos do grupo "Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos" | Reprodução
Tabela reúne preços e armamentos do grupo "Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos" | Reprodução

Uma tabela encontrada pela investigação mostra valores e detalhes como carros, equipamentos, armamentos, disfarces e estratégias para monitorar possíveis alvos, como locação temporária de apartamentos ou casas. O documento fala ainda em "utilização de garotas e garotos de programa" como "iscas".

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As cinco pessoas presas na quarta são suspeitas de terem atuado como mandantes ou autores do assassinato a tiros do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá, crime considerado ponto de partida para descoberta do esquema de venda de sentenças.

Nessa quinta (29), a oitava fase da Sisamnes afastou magistrado vinculado ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) suspeito de envolvimento em esquema de propinas milionárias em troca de decisões judiciais. A Justiça recolheu passaportes e sequestrou bens e valores que totalizam cerca de R$ 30 milhões.

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