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Polícia

Suspeito de matar policial civil a pauladas é preso em SP

Caio Bruno, agente do Denarc de 33 anos, teria sido linchado após um desentendimento com moradores

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A polícia de São Paulo prendeu, na noite de segunda-feira (22), o suspeito de matar o policial civil Caio Bruno, do Departamento Estadual de Investigações sobre Entorpecentes (Denarc). O indivíduo, segundo os agentes, é conhecido como “Piauí” e possuí passagens por tráfico de drogas e roubo.

Em conversa com o delegado do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (GARRA), Tom Blumer, o suspeito negou ter participado do assassinato. Ele sustentou ainda que não há imagens que provem a participação dele no crime.

A captura aconteceu três semanas após o crime. Caio Bruno, de 33 anos, foi morto a pauladas no dia 2 de setembro, na comunidade Favela do Gato, no bairro Bom Retiro. Acredita-se que ele tenha sido linchado após um desentendimento com moradores, já que fazia uma investigação na comunidade.

Ao todo, sete suspeitos de participaram do crime foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). De acordo com a denúncia, os acusados integravam uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas, voltada principalmente para o tráfico de drogas e outros crimes violentos.

O grupo seria comandado por Dinozan Alves da Silva, conhecido como "Mun-Rá", que exercia função de liderança e tinha poder de decisão sobre as ações do bando. Também foram denunciados Júlio César Lopes de Oliveira, o "Carioca"; Tiago Bezerra de Almeida; William Moreira Mendes; Vitor Ribeiro de Souza; Alesson Monteiro de Sena, o "Piauí"; e Marcelo Gomes dos Santos. Com a prisão de “Piauí”, apenas Marcelo Gomes segue foragido.

O crime

Segundo o Ministério Público, William Moreira Mendes iniciou as agressões após discutir com o policial, utilizando um capacete para golpear a vítima. Em seguida, Júlio César aplicou um "mata-leão", imobilizando o agente e permitindo que os demais o espancassem.

Tiago Bezerra de Almeida confessou ter dado cerca de quinze socos no rosto do policial. Vitor Ribeiro de Souza e Marcelo Gomes dos Santos também teriam participado ativamente das agressões, sendo que Marcelo ainda incitou os demais gritando "pega ladrão".

Na fase final, Dinozan "Mun-Rá" teria autorizado a execução e desferido golpes com pedaço de madeira e chutes, conforme mensagens interceptadas. Já Alesson "Piauí" participou do espancamento até a consumação do homicídio.

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O laudo necroscópico, que será juntado aos autos, descreve os ferimentos que resultaram na morte do policial. O Ministério Público aponta que o crime foi cometido com meio cruel, dificultando a defesa da vítima, e para assegurar a impunidade do tráfico de drogas na região.

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