Ricardo Falco, amigo de Robinho, se entrega à PF em São Paulo
Condenado por estupro coletivo na Itália, Falco cumprirá pena no Brasil, assim como o jogador
Ricardo Falco, amigo do jogador Robinho, se entregou à Polícia Federal, na noite desta sexta-feira (7), em São Paulo.
Assim como Robinho, Falco foi condenado por estupro coletivo na Itália. A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, na quarta-feira (5), que ele cumpra a pena de nove anos de prisão no Brasil.
Ricardo Falco deve passar por audiência de custódia na manhã de sábado (8). A defesa dele espera, por motivos de segurança, que ele seja transferido para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, onde Robinho também cumpre sua pena.
Relembre o caso
Uma jovem albanesa de 23 comemorava o aniversário em uma boate em Milão quando foi vítima de um estupro coletivo cometido por Robinho e amigos. Na época, em 2013, Robinho jogava no Milan. A condenação em primeira instância ocorreu em 2017, quando ele era jogador do Atlético-MG e, portanto, já não estava na Itália.
O julgamento que culminou na condenação em terceira e última instância se deu em 2022, definindo pena de nove anos de prisão. Ricardo Falco, amigo do ex-atleta, também recebeu a mesma sentença.
De início, o governo italiano pediu a extradição de Robinho, mas a Constituição Federal não permite essa medida para brasileiros natos. O país europeu solicitou, então, a homologação da pena — ou seja, que o condenado cumpra a pena no Brasil.
Em março, o STJ acatou a solicitação por maioria simples e homologou a sentença. Assim, o ex-atleta passaria a cumprir os nove anos em regime fechado imediatamente.
Votaram pela homologação da sentença o relator do caso, Francisco Falcão, e os ministros Humberto Martins, Herman Benjamin, Luís Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques, Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Ricardo Villas Boas e Sebastião Reis. Raul Araújo e Benedito Gonçalves foram divergentes.