Polícia

Receita Federal apreende 670 toneladas de pedras preciosas no Porto de Santos

Carga seria enviada para a Ásia e estava com notas fiscais adulteradas; valor declarado era muito inferior ao real

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A Receita Federal apreendeu, nesta segunda-feira (3), 670 toneladas de quartzo no Porto de Santos, em São Paulo. O mineral, usado na fabricação de chips e painéis solares, seria exportado ilegalmente para a Ásia.

Os fiscais da Receita identificaram que a descrição e o valor declarados nas notas fiscais não correspondiam à carga real. O material, armazenado até em sacos de açúcar, estava em contêineres que seriam embarcados para um país asiático, cujo nome não foi divulgado por motivos de investigação.

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Segundo os auditores, a empresa responsável declarou um valor total de R$ 170 mil por contêiner, mas apenas uma das peças de ametista apreendidas é avaliada em mais de R$ 200 mil.

A subavaliação seria uma estratégia para reduzir multas e tributos, que são calculados com base no preço informado nas notas fiscais.

“É o segundo elemento mais abundante da crosta terrestre depois do oxigênio, mas as reservas de alta pureza são limitadas”, explicou um geólogo ouvido pela reportagem.

O quartzo de alta pureza é considerado estratégico para a indústria tecnológica, especialmente na produção de semicondutores e equipamentos eletrônicos.

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“O Brasil tem uma grande reserva do mineral e está entre os maiores exportadores do mundo. Mas ainda não possui tecnologia de processamento nacional”, afirmou o especialista. “A gente manda o quartzo bruto e o traz de volta processado, pagando mais caro por isso, completou.”

Interesse internacional nas reservas brasileiras

A apreensão reforça o interesse global nas reservas minerais brasileiras, que vêm atraindo contrabandistas e empresas estrangeiras em busca de matéria-prima valiosa.

A Receita Federal segue com as investigações sobre os responsáveis pela tentativa de exportação irregular.

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