Policial civil passava informações a advogado ligado à milícia de Zinho, diz investigação
Os dois foram presos durante operação no Rio de Janeiro nesta terça-feira
O policial civil Kaio Portelo Porto e o advogado Victor Almeida Martins foram presos, na manhã desta terça-feira (7), suspeitos de “concorrerem ativamente” para a manutenção da milícia de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, líder da organização paramilitar que domina a zona oeste do Rio de Janeiro.
A força-tarefa envolveu o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE).
Victor Almeida Martins foi preso em Jacarepaguá, na zona oeste, e Kaio Portelo Porto na Tijuca, na zona norte.
As investigações apontam que, entre setembro de 2020 e julho de 2022, o policial repassou ao advogado informações sigilosas e privilegiadas extraídas do banco de dados da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre integrantes da milícia chefiada por Zinho.
Segundo a Draco, foram feitas, pelo menos, 19 consultas a nomes de milicianos junto ao sistema.
Expedida pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital, a operação para prender os acusados foi nomeada "Operação Leaks".
Além das prisões, os agentes cumprem ainda três mandados de busca e apreensão no Centro do Rio, Barros Filho e Jacarepaguá, em endereços ligados aos denunciados.