Polícia

Polícia prende 15 suspeitos de agiotagem e lavagem de dinheiro no Piauí

Operação Macondo desarticulou grupo formado por estrangeiros que cobrava juros abusivos e ameaçava vítimas; esquema pode ter ligação com o narcotráfico

Imagem da noticia Polícia prende 15 suspeitos de agiotagem e lavagem de dinheiro no Piauí
Polícia do Piauí também apura casos de desaparecimentos e suicídios possivelmente ligados ao grupo | SSP-PI / Reprodução
Publicidade

A Polícia Civil do Piauí prendeu nesta terça-feira (11) 15 pessoas suspeitas de integrar um esquema de agiotagem e lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações, o grupo, composto principalmente por estrangeiros de origem colombiana e venezuelana, oferecia empréstimos ilegais com juros de até 30% ao mês.

+ "Boa noite, Cinderela": turista canadense é dopado e roubado em golpe no Rio

A ação, batizada de Operação Macondo, foi realizada simultaneamente em Teresina e em cinco municípios do interior. Foram cumpridos 15 mandados de prisão, 18 de busca e apreensão e determinado o bloqueio judicial de R$ 5 milhões em contas ligadas aos investigados.

De acordo com o diretor de Inteligência da Polícia Civil, Ian Brainer, o grupo operava de forma estruturada, semelhante a um sistema de “franquia da agiotagem”.

“Esses indivíduos funcionam como uma espécie de franquia. O patrão oferece moradia, transporte e alimentação aos agiotas que atuam aqui. Mapeamos uma verdadeira rede voltada à agiotagem no Piauí”, explicou Brainer.

Juros abusivos e ameaças

As investigações apontam que os criminosos ofereciam crédito rápido a pequenos comerciantes, ambulantes e autônomos, espalhando cartazes e anúncios pelas cidades.

+ PF investiga desvio de R$ 120 milhões destinados à reconstrução de cidade gaúcha atingida por enchentes

Quando as vítimas atrasavam os pagamentos, eram ameaçadas, intimidadas e até agredidas. Em alguns casos, os agiotas destruíam mercadorias e pressionavam familiares dos devedores.

A polícia também apura casos de desaparecimentos e suicídios possivelmente ligados ao grupo.

Ligação com o narcotráfico

Segundo o delegado Francírio Queiroz, do Laboratório de Lavagem de Dinheiro, há suspeita de que o grupo funcione como braço financeiro do narcotráfico internacional.

“Os cinco alvos presos em Teresina são apontados como responsáveis por pressionar uma das vítimas que acabou se suicidando”, afirmou Queiroz.

As autoridades trabalham agora para rastrear a origem dos valores movimentados e identificar outros integrantes da organização.

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade