Polícia ouve nova testemunha sobre suposto racha que terminou com mulher ferida em SP
Motorista envolvido foi indiciado por lesão corporal com dolo eventual, omissão de socorro e fuga do local do acidente
A polícia ouviu nesta segunda-feira (27) o depoimento de mais uma testemunha no caso do suposto racha que terminou com duas pessoas feridas, em Alphaville, bairro nobre da Grande São Paulo.
Brenda Cardoso chegou à delegacia sozinha e foi ouvida durante 30 minutos. Foi para ela que a massoterapeuta Maria Graciete Alves de Araújo, de 36 anos, ligou para pedir ajuda, minutos depois do acidente.
"Ela mandou um áudio gemendo de dor, gritando, aí eu liguei pra ela, foi uma ligação de 50 segundos mais ou menos, foi onde ela pediu socorro e gemia", conta Brenda.
No depoimento, a recepcionista trouxe detalhes de como encontrou a amiga ferida: "quando eu cheguei ela estava deitada, gritando de dor e a perna dela longe. Rasgou do joelho pra baixo, estava com muito sangue".
Maria Graciete recebeu alta hospitalar no sábado, depois de cinco dias internada. Ela teve a perna amputada ao ser atingida por um carro, segundos depois de pegar uma mototáxi na volta para casa, há uma semana. O motociclista também ficou ferido, mas sem gravidade.
O carro de luxo que causou o acidente era dirigido por Carlos André Pedroni. Ele foi indiciado por lesão corporal com dolo eventual - quando se assume o risco de ferir uma pessoa - omissão de socorro e fuga do local do acidente. A polícia ainda apura se ele disputava um racha com outro veículo, o que ele negou, mas admitiu que dirigia acima da velocidade permitida.
"A partir do momento que você está andando nessa velocidade, você já está ciente do que pode acontecer, o risco que você está gerando em outras vidas. O mínimo é a pessoa parar e prestar socorro", afirma Brenda.
O delegado responsável pelo inquérito pretende ouvir Maria Graciete nos próximos dias. Como ela ainda se recupera, o depoimento não deverá ser na delegacia, mas na casa de um amigo onde a massoterapeuta está hospedada.
