Polícia Federal realiza operação contra grupo que movimentou R$ 382 milhões com roubo de cargas
Organização criminosa também tinha envolvimento com tráfico de drogas, crimes violentos e lavagem de dinheiro
A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta quinta-feira (17), uma operação contra uma organização criminosa envolvida em roubos de cargas, tráfico de drogas, crimes violentos e lavagem de dinheiro. O grupo atuava em vários estados, principalmente nas regiões sudeste e nordeste. A operação recebeu o nome de Ladinos e ocorreu em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Campinas.
+Lula diz que pode acabar com as bets se regulação não der conta de controlar setor
Foram cumpridos 19 mandados de prisão temporária, que podem ser prorrogados, e 21 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas. A Justiça também determinou o sequestro de bens ligados à quadrilha, no valor de R$ 382 milhões.
Investigação
A investigação começou em 2022, após a polícia receber informações de que o líder da organização, envolvido em roubos de cargas, especialmente de defensivos agrícolas, estava morando em um condomínio de luxo em Campinas, São Paulo. Esse indivíduo já era investigado por crimes violentos no Nordeste e acusado de ser mandante de um homicídio em Ribeirão Preto, em março de 2022.
Prisão
Após meses de investigações, o suspeito foi localizado e preso em junho de 2022 pela Polícia Federal, enquanto dirigia uma picape comprada em dinheiro vivo, utilizando uma identidade falsa. No momento da prisão, ele foi flagrado portando uma arma de fogo ilegalmente. Na casa dele, a polícia encontrou documentos falsos, um bloqueador de sinal usado em roubos, além de celulares, computadores e veículos.
A partir dessas apreensões, a PF identificou dois grupos dentro da organização criminosa: um focado em crimes violentos, como homicídios e roubos de cargas, principalmente na região de Campinas; e outro envolvido no tráfico de drogas, receptação de produtos roubados e lavagem de dinheiro. Para esconder o lucro dos crimes, a organização usava empresas de fachada, identidades falsas e movimentações financeiras disfarçadas.
Os integrantes do grupo já respondem a diversos processos por crimes graves, e agora enfrentam acusações de participação em organização criminosa.