Polícia Federal investiga violência política de gênero contra candidata trans no Pará
Suspeitos mesclavam imagens e vídeos de campanhas com vídeos de conteúdo adulto para constranger e humilhar; celulares e computadores foram apreendidos
A Polícia Federal cumpriu, nesta quinta-feira (3), dois mandados de busca e apreensão em Paragominas (PA), contra investigados acusados de cometer violência política de gênero contra uma candidata a vereadora. A mulher trans foi vítima de crimes cibernéticos. Foram apreendidos celulares e computadores utilizados para criação de conteúdos fraudulentos, feitos para atacar a candidata.
De acordo com as investigações, os homens mesclavam imagens e vídeos de campanhas políticas com vídeos de conteúdo adulto com intuito de constranger e humilhar a candidata a vereadora. Segundo a PF, o intuito, além de menosprezar e discriminá-la à condição de mulher, era de impedir ou dificultar a sua campanha eleitoral.
+ Médicos embolsavam R$ 24 mil por mês com esquema de fraudes em plantões no Amapá, diz PF
A investigação foi necessária para preservar, além dos direitos humanos, os direitos políticos da candidata, segundo a Polícia Federal. Caso sejam condenados, os investigados podem pegar até quatro anos de reclusão.
A lei que torna crime a violência política de gênero é recente e completou três anos em agosto de 2024. A norma prevê regras para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher nos espaços e nas atividades relacionadas ao exercício de seus direitos políticos.