Polícia de SP desarticula esquema de lavagem de dinheiro do PCC envolvendo construtora
A investigação revelou que postos de combustíveis, farmácias e uma construtora eram usados para "lavar" o dinheiro obtido com o tráfico de drogas
Operação da Polícia Civil de São Paulo desmantelou mais um esquema de lavagem de dinheiro da maior facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação revelou que postos de combustíveis, farmácias, transportadoras e uma construtora eram usados para "lavar" o dinheiro obtido com o tráfico de drogas.
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O rastreamento do esquema de lavagem de dinheiro do PCC levou os agentes à sede da Construtora Porte, localizada na Zona Leste da capital paulista.
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Na operação, foram apreendidos quatro carros de luxo, além de documentos, computadores e dispositivos de armazenamento de dados. Outro escritório da construtora, que também estava na mira dos investigadores, foi fechado antes da chegada da polícia.
Esta não é a primeira vez que a Polícia Civil encontra provas de negócios ilícitos envolvendo o PCC e a Construtora Porte. O empresário Antônio Vinícius Gritzbach, que já atuou como corretor de imóveis e depois como diretor, é apontado como um dos responsáveis pela lavagem de dinheiro para a facção. Ele responde em liberdade por ser o suposto mandante do assassinato de Anselmo Santa Fausta, um dos principais integrantes do PCC, executado na Zona Leste de São Paulo, em dezembro de 2021. Em delação premiada, Gritzbach revelou detalhes dos negócios ilícitos realizados na Porte.
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A operação na construtora foi deflagrada após a apreensão de cocaína em um caminhão que transportava roupas para o Nordeste do Brasil. A partir daí, os investigadores rastrearam o dono da droga e seguiram o rastro do dinheiro dos traficantes.
Tudo começou em 16 de novembro de 2023, quando foram encontrados tijolos de cocaína em um caminhão da Rawa Transportes, no Pari, região central de São Paulo. Numa segunda operação, com o auxílio de cães farejadores da Guarda Civil, os investigadores localizaram mais drogas dentro da transportadora.
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As substâncias ilícitas eram enviadas para Vitória da Conquista, na Bahia, e Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco.
Com a quebra dos sigilos bancários dos envolvidos, a polícia identificou transferências financeiras que ligavam os proprietários da transportadora a um posto de combustíveis na Marginal Tietê.
Essa foi a terceira fase da operação, batizada de Tanque Sujo. A polícia planeja solicitar a prisão de duas pessoas por tráfico de drogas e busca, no material apreendido, identificar os verdadeiros proprietários do dinheiro envolvido no esquema.