Polícia de Minas Gerais usa scanner 3D para identificar responsável por morte de cruzeirense
Duas das principais organizadas do Cruzeiro e do Atlético-MG foram banidas dos estádios por dois anos após a morte

Hiago Rocha
Depois da morte de um torcedor, no sábado, a polícia de Minas Gerais começou a usar novos equipamentos para combater a violência entre as torcidas de futebol. Máfia Azul e Galoucura, duas das principais organizadas do Cruzeiro e do Atlético-MG foram banidas dos estádios por dois anos.
No local onde o morreu cruzeirense Lucas Silva, de 28 anos, a polícia está usando um scanner de precisão a laser, com câmeras de alta resolução e sensores especializados.
O dispositivo mapeia pontos onde o tumulto aconteceu. Os detalhes são enviados para um tablet. Depois, a cena do crime é analisada de maneira virtual, em 3D.
"A gente consegue transportar esse cenário real com um cenário real, em três dimensões que pode ser utilizado pra estudo posteriores", afirma André Godoy, perito criminal.
O scanner 3D poderá ser utilizado em locais onde ocorreram crimes contra a vida, patrimoniais, de trânsito, de engenharia e até de meio ambiente, analisando amostras de sangue, impressões digitais e trajetos de disparos de arma de fogo.
Segundo o delegado Matheus Marques, responsável pela investigação, o aparelho pode ajudar a identificar o autor do disparo que matou Lucas.
"A gente já identificou outro suspeito e a gente está tomando todas as cautelas, tomando todas as diligências, como o scanner, pra chegar mais próximo da verdade do que aconteceu", afirma o delegado.
Até o momento, Victor Marcelo Rocha Santiago e Robert Xavier Soares estão presos preventivamente, suspeitos de participação no crime.
Marcos Vinicius Oliveira, conhecido como Vinicin, foi identificado nas imagens. Ele já foi condenado por envolvimento em outra morte após briga de torcidas.