Mulher assassinada a facadas por ex no DF era irmã de prefeita de município no Amapá
Daniella Pelaes (à direita na foto) tinha cargo comissionado na Telebras e trabalhava na empresa desde março de 2023
Felipe Moraes
Daniella Di Lorena Pelaes dos Santos, assassinada a facadas pelo ex-marido, Janilson Quadros de Almeida, era irmã da prefeita do município de Pedra Branca do Amapari, no Amapá (AP), Beth Pelaes (União Brasil). O feminicídio ocorreu na casa da vítima durante a madrugada deste sábado (25), em um condomínio no Jardim Botânico, região administrativa do Distrito Federal a 15 km de Brasília.
Daniella, de 46 anos, trabalhava na Telebras com cargo comissionado desde março de 2023 e deixou três filhos. Em post no Instagram, Beth postou foto ao lado da irmã e lamentou a morte. "Nossa família se despede de forma precoce diante de uma dor imensurável", escreveu a prefeita de Pedra Branca do Amapari.
"Dani, minha irmã amada, descanse em paz, como a mulher, irmã, filha e mãe zelosa de personalidade forte e sorriso largo que sempre lhe acompanharam. Daqui nós emanamos toda a nossa gratidão pela sua presença no meio de nós. Sempre te amarei, mana!", completou.
O governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), também se manifestou, em publicação no Instagram, sobre o feminicídio, que classificou como "crime brutal, covarde e que nos causa repulsa, revolta mesmo".
"O que aconteceu com a Dani não pode ficar impune e contamos com a força das polícias do Distrito Federal para fazer justiça. Não é só uma mulher, é uma mãe que deixou os filhos, deixou a própria mãe, os irmãos, enfim, toda a família e os amigos. Uma vazio que nunca será preenchido", disse o governador.
O crime
Janilson Quadros de Almeida, de 37 anos, entrou na casa de Daniella Di Lorena Pelaes dos Santos, 46, na madrugada deste sábado e matou a ex-mulher a facadas.
Segundo a Polícia Civil do DF (PCDF), que investiga o feminicídio, a vítima foi atingida no tórax e não resistiu. O suspeito tentou se matar após o crime e foi internado no Hospital de Base de Brasília (HBB), sob escolta policial.
Conforme a PCDF, o suspeito não confessou o crime e foi autuado em flagrante. Quando receber alta hospitalar, será encaminhado ao sistema prisional.
