Motorista que atropelou e matou corredor em São Gonçalo é preso pela Polícia Civil do RJ
Everton de Oliveira Lessa da Costa foi detido após tentar ocultar provas do crime ocorrido em abril; Lucas Celestino foi encontrado morto às margens da BR-101

SBT News
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Everton de Oliveira Lessa da Costa, apontado como responsável pelo atropelamento que matou o corredor amador Lucas Celestino, de 27 anos, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O crime aconteceu no dia 8 de abril, quando a vítima saiu para correr, como fazia todas as manhãs antes de ir trabalhar como operador de estacionamento, e não retornou para casa.
O corpo de Lucas foi encontrado somente no dia seguinte, 9 de abril, em um matagal às margens da rodovia BR-101, após buscas iniciadas pela família, que estranhou sua ausência.

De acordo com a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, o motorista tentou se eximir da responsabilidade pelo crime realizando reparos no veículo para ocultar vestígios que pudessem incriminá-lo. A investigação identificou o veículo envolvido no crime por meio de imagens de câmeras de segurança, que mostraram uma van com a frente danificada circulando por ruas internas próximas à BR-101, na altura de São Gonçalo, no dia do desaparecimento.
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Fragmentos do farol quebrado foram encontrados tanto no local do atropelamento quanto no interior do veículo, segundo a polícia. A van, que pertence ao transporte alternativo, foi apreendida. As investigações já confirmaram que o veículo passou por reformas após o crime, incluindo a troca do para-brisa e outros reparos.
Em depoimento, Everton afirmou que dormiu ao volante e não percebeu que havia atingido uma pessoa, acreditando ter batido em uma mureta. Mesmo após o atropelamento, o motorista continuou trabalhando normalmente em suas rotas habituais.
O Ministério Público (MP) se manifestou favoravelmente à prisão temporária, que foi deferida pela 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Everton se apresentou o início da noite desta quarta-feira (16), e teve sua prisão temporária formalizada por 30 dias. O acusado responderá por homicídio doloso eventual - quando se assume o risco de matar - e por fraude processual.