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Polícia

Morte de gari em BH: suspeito apresenta álibi, mas horários não coincidem com crime

Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, foi morto após discussão de trânsito; imagens de câmeras e depoimentos de testemunhas contradizem versão do empresário

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Foto: Divulgação | Polícia Civil
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A morte a tiros do gari Laudemir de Souza Fernandes, 44 anos, na manhã de segunda-feira (11), mobiliza a Polícia Civil de Minas Gerais. O caso envolve um principal suspeito que nega o crime e um conjunto de versões conflitantes que desafiam os investigadores.

Câmeras de segurança próximas ao local do crime registraram o horário da execução, e esses dados não coincidem totalmente com as informações fornecidas pela empresa onde o suspeito trabalhava. A diferença de minutos entre as imagens e o suposto álibi de Renê da Silva Nogueira Júnior tornou-se uma das principais frentes de apuração.

+ Leia também: Empresário suspeito de matar gari em BH tinha passagens por lesão corporal e ameaça de morte

Em nota, a Fictor Alimentos LTDA, onde o suspeito ocupava o cargo de vice-presidente, confirmou que ele esteve na sede no dia do crime, mas sem registro de ponto por não ser funcionário direto. Segundo a empresa, câmeras de segurança registraram sua entrada às 9h18 e a saída às 12h30, enquanto o homicídio ocorreu às 9h07. As gravações já foram encaminhadas à Polícia Civil.

Apesar do álibi, testemunhas ouvidas pela polícia afirmaram reconhecer Renê como o autor do disparo que matou Laudemir. O delegado Álvaro Huerdas, chefe do DHPP, reforçou que a investigação agora busca novas imagens que mostrem a movimentação do suspeito. “Temos relatos presenciais que confirmam, na visão das testemunhas, que ele seria o autor do disparo”, declarou.

Sobre o crime

Um gari de 44 anos, Laudemir de Souza Fernandes, foi morto a tiros na manhã de segunda-feira, no bairro Vista Alegre, região Oeste de Belo Horizonte, após uma discussão de trânsito.

Segundo o boletim de ocorrência, Laudemir e outros garis recolhiam lixo quando a motorista do caminhão encostou o veículo para dar passagem ao carro do empresário. Renê teria abaixado o vidro e ameaçado matar caso alguém encostasse em seu carro.

A vítima foi socorrida e levado ao Hospital Santa Rita, no bairro Jardim Industrial, em Contagem (MG), na Grande BH, mas morreu no local.

De acordo com informações do boletim de ocorrência, horas depois do crime, o suspeito foi detido no estacionamento de uma academia e disse à polícia que "não participou do episódio e que sua esposa é delegada da Polícia Civil de Minas Gerais, que o veículo abordado estaria em nome da servidora."

Renê prestou depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda na noite do crime, acompanhado de advogados. Ele afirmou que, no momento do homicídio, estava na fábrica de uma empresa de alimentos em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo o suspeito, após o expediente, teria retornado para casa, passeado com os cães e ido à academia, versão que foi repetida na audiência de custódia dois dias depois. Em nenhum momento, Renê mencionou ter passado pela rua onde ocorreu o homicídio.

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