Mãe que fugiu com o filho depois de arrancá-lo da avó diz que era impedida de ver a criança
Ao SBT, o pai negou as acusações; mulher registrou um boletim de ocorrência contra o ex-companheiro há um mês
A polícia de Santos, no litoral paulista, está tentando descobrir o paradeiro da criança arrastada para dentro de um carro pela própria mãe na última terça-feira (23).
O pai e a avó estiveram na delegacia da mulher nesta quinta (25) para prestar depoimento sobre o rapto do menino, de cinco anos. A mãe não tem a guarda dele.
Ao SBT, a mulher, que pediu para não ser identificada, disse que tomou a atitude num ato de desespero por não conseguir ficar perto do filho.
"Não estou falando que meu ato foi correto, só que eu estou afastada do meu filho desde o início do ano, que não estou conseguindo dormir com meu filho, ao menos chegar perto”, revelou.
A mulher tem direito a visitas supervisionadas, mas afirmou que é impedida de ver a criança porque o pai não aceita o término do relacionamento. Em entrevista ao SBT Brasil, o homem, que também não quis se identificar, negou as acusações.
"É mentirosa, o acesso ao filho nunca foi proibido, o que estava proibido, perante as ameaças que ela vem fazendo desde janeiro, era ela ficar sozinha com a criança ou levar a criança sozinha para passear", contou.
Segundo a advogada dele, Talita Alambert, a mulher ameaçava levar o filho para Sergipe. “Mexeria totalmente com a rotina da criança, com tudo que ele está acostumado”, revelou.
No mês passado, a mãe da criança registrou um boletim de ocorrência contra o pai do menino por agressão. Em depoimento, ela contou que levou chutes no estômago e uma cotovelada no rosto enquanto tentava entregar uma cesta de chocolates para o filho.
O exame de corpo de delito identificou escoriações e roxos nela. À polícia, o homem disse que apenas fechou o portão da casa, mas que não a agrediu.
A avó paterna cuida do neto desde que ele tinha um ano e oito meses. Agora, a polícia tenta descobrir onde a criança está. “O setor de investigação já está a postos desde o início da denúncia, então estamos investigando na tentativa de localizar a criança e a mãe”, disse a delegada do 2º Distrito Policial, Débora Lazaro.