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Polícia

Lady Gaga no Rio: tudo o que se sabe sobre plano de ataque a bomba em show da diva pop

Cantora levou 2,1 milhões de pessoas para a praia de Copacabana na noite de sábado (3); policiais realizaram 15 mandados de busca e apreensão em 4 estados

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Lady Gaga agitou o Rio de Janeiro e levou 2,1 milhões de pessoas para a praia de Copacabana no sábado (3), onde entoou seus maiores sucessos em um show que ficará para a história – a estrela americana agora é a detentora do maior público já visto em uma apresentação feminina. No ano passado, Madonna atraiu 1,6 milhão de fãs também nas areias de Copa.

O espetáculo emocionou o público brasileiro, que esperou pelo retorno da artista ao país por mais de 12 anos, mas também preocupou as autoridades, que anunciaram no domingo (4) que impediram um suposto ataque a bomba que estaria sendo planejado nas redes sociais.

O SBT News lista abaixo tudo o que se sabe e o que falta saber sobre o plano investigado pela operação Fake Monster.

1. Operação Fake Monster

Policiais civis do Rio de Janeiro, em conjunto com o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, identificaram uma ameaça de ataque a bomba no show de Lady Gaga.

A investigação identificou que os envolvidos disseminavam discurso de ódio e recrutavam participantes para promover ataques com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Segundo a Polícia Civil, o plano visava atingir crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+ e era tratado como um "desafio coletivo" na internet.

O alerta do esquema criminoso partiu da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil do Rio. A operação, nomeada "Fake Monster", também contou com apoio das autoridades dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

2. Responsável por planejar atentado já foi solto

Um dos apontados pela polícia como responsável por planejar o atentado foi preso em flagrante no sábado, no Rio Grande do Sul, por porte ilegal de arma. O homem pagou fiança e foi liberado.

No Rio de Janeiro, um adolescente de 17 anos – também identificado como um dos líderes da célula que disseminava ódio pela internet – foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil.

Os agentes também realizaram 15 mandados de busca e apreensão contra nove alvos nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói (RJ), Duque de Caxias (RJ), Macaé (RJ), Cotia (SP), São Vicente (SP), Vargem Grande Paulista (SP), São Sebastião do Caí (RS) e Campo Novo do Parecis (MT). Foram apreendidos equipamentos eletrônicos, como computadores e celulares, que passarão por perícia.

Praia de Copacabana em show de Lady Gaga | Reprodução/Prefeitura do Rio
Praia de Copacabana em show de Lady Gaga | Reprodução/Prefeitura do Rio

3. Homem ameaçou matar criança ao vivo

Como desdobramento da operação, na tarde de sábado, policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão em Macaé, no Norte Fluminense, contra outro homem que ameaçava matar uma criança ao vivo durante a apresentação da cantora. A motivação para o crime seria de cunho religioso. Ele vai responder por terrorismo e induzimento ao crime.

3. Equipe de Gaga se pronuncia

A equipe de Lady Gaga se pronunciou após a Polícia Civil anunciar que havia desarticulado um plano de ataque ao show. Em comunicado enviado ao The Hollywood Reporter, um porta-voz da cantora afirmou que a diva pop e os profissionais envolvidos no espetáculo não foram informados sobre a ameaça e que ficaram sabendo do caso por meio da imprensa.

"Soubemos dessa suposta ameaça por meio de reportagens na mídia esta manhã. Antes e durante o show, não havia nenhuma preocupação conhecida com a segurança, nem qualquer comunicação da polícia ou das autoridades a Lady Gaga sobre quaisquer riscos potenciais", declarou o porta-voz.
Lady Gaga em show no Rio | Reprodução/Instagram: @ladygaga
Lady Gaga em show no Rio | Reprodução/Instagram: @ladygaga

4. Por que "Fake Monster"?

O nome da operação faz referência aos fãs de Lady Gaga, conhecidos mundialmente como "little monsters" (monstrinhos, em português). A cantora é chamada de Mother Monster (mãe monstro), por ser considerada a criadora deles.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a escolha "ressalta a falsidade da identidade digital utilizada para cooptar adolescentes, travestida de inocência e pertencimento, mas operando em redes fechadas com conteúdos violentos e autodestrutivos".

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