Bomba em show da Lady Gaga: "desafio coletivo" na internet mirava crianças, adolescentes e público LGBTQIA+
Ao todo, mais de 2 milhões de pessoas se reuniram para ver o megashow da cantora norte-americana
Derick Toda
A Polícia Civil do Rio de Janeiro frustrou uma tentativa de atentado a bomba durante o show da Lady Gaga, na Praia de Copacabana, neste sábado (3). Um dos detidos planejava matar uma criança e transmitir o crime ao vivo.
A investigação aponta que o plano, que envolvia explosivos e o uso de coquetel molotov, era tratado como um "desafio coletivo" na internet, buscando visibilidades nas redes sociais em grupos extremos de discurso de ódio.
A ação em conjunta com o Ministério da Justiça descobriu que os alvos eram crianças, adolescentes e o público LGBTQUIA+. Ao todo, mais de 2 milhões de pessoas se reuniram para ver o megashow de Gaga.

"Os alvos da operação atuavam em plataformas digitais, promovendo a radicalização de adolescentes, a disseminação de crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos como forma de pertencimento e desafio entre jovens", explica a Polícia Civil.
Detenções e mandados
O líder do grupo foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Rio Grande do Sul. Na capital carioca, um homem que ameaçava matar uma criança ao vivo foi preso por terrorismo e induzimento ao crime e um adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil.
Ao todo, a polícia cumpriu 15 mandados de busca e apreensão contra nove alvos nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso.
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Um dos cuidados da Polícia Civil foi realizar a operação, nomeada de "Fake Monster", sem causar pânico entre os fãs.
"O trabalho foi executado com discrição e precisão, evitando pânico ou distorção das informações junto à população".