Política

Retirada de Magnitsky contra Moraes é fruto de negociações diretas entre Lula e Trump, diz Mauro Vieira

Em entrevista exclusiva a Basília Rodrigues, chanceler do Brasil afirmou que não há previsão sobre a revogação de sanções a outras autoridades brasileiras

O chanceler do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que a retirada das sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é fruto de negociações diretas entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A revogação foi anunciada na última sexta-feira (15), depois de pouco mais de quatro meses em vigor.

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"A retirada das sanções da Lei Magnitsky contra um juiz da Suprema Corte é resultado de uma negociação e de uma conversa estabelecida pelo presidente Lula, pessoalmente, quando se encontrou com ele [Trump] na Malásia", afirmou Vieira em entrevista exclusiva à Basília Rodrigues, na edição de estreia do News Noite, nesta segunda-feira (15).

"[Ele] deixou claro que o Brasil está pronto e aberto a negociar sempre com os EUA sobre temas de interesse bilateral [...], mas que nós não podíamos negociar com base em declarações políticas, sobre a política interna no Brasil, e sobre dados referentes ao comércio bilateral que não correspondiam à verdade", acrescentou.

Outras sanções estão atualmente em vigor contra autoridades brasileiras. Em agosto, por exemplo, o Departamento de Estado dos Estados Unidos revogou os vistos de funcionários do governo brasileiro ligados à implementação do programa Mais Médicos, bem como os vistos da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Basília questionou se havia alguma previsão sobre a retirada dessas sanções. Vieira então respondeu que essa questão faz parte das negociações de Lula, mas não deu mais detalhes. Ele disse que não há uma previsão de quando essas novidades poderiam ser anunciadas, visto que dependem do ritmo das negociações.

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