Justiça de SP leva a júri popular flamenguista que matou torcedora do Palmeiras com garrafada
Gabriela Anelli, de 23 anos, morreu depois de ser atingida por estilhaços de vidro no pescoço antes de jogo de futebol
Nesta sexta-feira (23), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu que Jonathan Messias Santos da Silva, acusado de matar a palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, em 8 de julho de 2023, seja levado a júri popular.
No júri popular, sete pessoas comuns, da sociedade, julgam o caso. Essas pessoas tem de ser maior de 18 anos e não ter antecedentes criminais.
No Brasil, esse tipo de julgamento é feito somente em casos de crimes dolosos (com intenção) contra a vida, como homicídio, feminicídio e infanticídio.
O grupo vai acompanhar o julgamento do réu e, ao final, irá se reunir a portas fechadas para decidir se ele é culpado ou inocente. A partir daí, um juiz vai calcular a pena, em caso de condenação.
Gabriela Anelli foi atingida no pescoço por estilhaços de uma garrafa de vidro horas antes de uma partida de futebol entre Palmeiras e Flamengo, no Allianz Parque, na capital paulista. A garrafa foi lançada pelo flamenguista Jonathan Silva, mostrou a investigação, em meio a uma briga entre as torcidas.
Na decisão, o TJ negou ao réu o direito de recorrer em liberdade. "O crime atribuído ao réu é grave, hediondo, cometido antes de uma partida de futebol, no contexto de briga entre torcidas rivais, o que evidencia o concreto potencial ofensivo do acusado", informa a decisão.
"O modus operandi por ele adotado, consistente em arremessar, raivosamente, uma garrafa de vidro contra a torcida adversária sem se importar com a integridade física dos torcedores rivais, demonstra que possui personalidade violenta e deve ser segregado do meio social", diz o texto.
Relembre o caso, em reportagem do SBT Brasil de agosto de 2023: