Fugitivos de presídio federal de Mossoró são incluídos em difusão vermelha da Interpol
Medida permite que países membros da organização policial prendam provisoriamente os criminosos
Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) no dia 14, foram incluídos no Sistema de Difusão Vermelha da Interpol – nível máximo de alerta para criminosos. A medida foi anunciada pelo secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, nessa quinta-feira (15).
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Anteriormente, o Ministério da Justiça e Segurança Pública havia pedido à Interpol para incluir os criminosos no Sistema de Difusão Laranja – apenas alertando outros países sobre os riscos iminentes à segurança pública. Agora, os fugitivos podem ser detidos provisoriamente em qualquer um dos 196 Estados-membros da organização policial.
Ao todo, mais de 300 agentes de segurança trabalham para encontrar os fugitivos, apontados como integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. Os esforços incluem agentes das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária, além de drones e cães farejadores. Helicópteros também auxiliam nas buscas.
Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a hipótese é de que os criminosos tenham se aproveitado de uma obra de manutenção que ocorre no presídio para escapar. A dupla teria cortado a grade ao redor da instalação, com ferramentas obtidas na própria obra. Falhas de segurança também ajudaram na fuga.
"Algumas câmeras não estavam funcionando adequadamente. Assim, também, algumas lâmpadas que poderiam eventualmente detectar uma fuga não estavam funcionando adequadamente. Então de quem é essa responsabilidade, porque isso ocorreu, será objeto de investigação nos dois planos, administrativo e no plano criminal", disse o ministro.
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Esta é a primeira vez na história que há uma fuga registrada em um dos cinco presídios federais. Para evitar que o episódio se repita, Lewandowski determinou a construção de uma muralha nas unidades penitenciárias de segurança máxima e adequações no esquema de segurança, como modernização de videomonitoramento e vistorias mais rigorosas.