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Exclusivo: Adolescente planejava ataque a escola em Embu, na Grande SP; ele foi interceptado e apreendido

Núcleo de crimes cibernéticos do Ministério Público Federal alertou Polícia Civil que apreendeu o jovem. Ele confessou o plano e foi encaminhado à Fundação Casa

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Um adolescente de 15 anos da cidade de Embu das Artes, na Grande São Paulo, foi internado na Fundação Casa por planejar um ataque a uma escola. O alerta foi dado pelo Núcleo Técnico de Combate aos Crimes Cibernéticos, do Ministério Público Federal.

Durante o monitoramento de redes sociais e das chamadas deep web e dark web (conteúdo da internet que escapa dos mecanismos de busca), o MPF localizou postagens de um perfil anônimo que falava em “voltar no lugar que te fizeram sofrer pra retribuir tudo que passou sem sentir remorso nem empatia”. No mês passado, o dono do perfil escreveu: “e pensar que daqui a alguns meses, estarei deixando minha casa pela última vez, e nunca mais eu vou voltar.”

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As investigações levaram ao adolescente que atualmente cursa o primeiro ano do ensino médio na Escola Estadual Alexandrina Bassith, em Embú das Artes. Em 2023, ele estudava na escola Jardim da Luz, na mesma cidade, onde diz ter sofrido bullying.

A Polícia Civil foi acionada e investigadores da Delegacia de Embu das Artes localizaram o estudante. Ele foi ouvido e confessou o planejamento de forma fria. O jovem comprava fogos de artifício e rojões para extrair a pólvora e fazer uma bomba caseira. Os materiais e um simulacro de arma de fogo foram encontrados na casa dele. A mãe do garoto também foi ouvida e disse que não sabia dos planos do filho. Ela mesma acompanhava o garoto para comprar os fogos de artifício.

Segundo o ex-Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente Ariel de Castro Alves, o jovem deve responder por três atos infracionais. “Nessas situações, geralmente, são de ameaças e também de apologia e incitação a práticas criminosas”, explicou o advogado.

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A internação na Fundação Casa é provisória, por 45 dias. Nesse prazo, a Justiça vai julgar o caso. Uma audiência foi marcada para daqui a duas semanas. O processo corre em segredo de Justiça.

Em posts nas redes sociais e no depoimento à Polícia, o adolescente disse que é um admirador de Guilherme Taucci, o atirador e idealizador do ataque a uma escola de Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, que terminou com dez mortos e onze feridos.

Ariel de Castro Alves destaca a necessidade de as escolas terem um acompanhamento mais próximo de psicólogos, no dia a dia e não em visitas mensais. “Esses casos não ocorrem de uma hora para outra, existe um planejamento. Se nós tivermos uma atuação consistente preventiva com profissionais especializados, os próprios professores sendo capacitados, certamente nós teremos mais êxito para evitar tragédias e violência nas escolas”.

Procurada, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) disse repudiar "a incitação de violência dentro e fora da escolas" e afirmou que "a equipe do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP) acompanha o caso e presta suporte à comunidade escolar".

A Secretaria também destacou que psicólogos visitam semanalmente a unidade e que reportam casos mais graves aos órgãos de proteção às crianças e adolescentes.

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