Caso Vitória: único preso pela morte da adolescente ficou em silêncio na audiência de custódia
Juiz resolveu manter a prisão temporária de Maicol Antonio Sales dos Santos por 30 dias; Polícia Civil apontou contradições em depoimento

Fernanda Trigueiro
Durante a audiência de custódia realizada no último domingo (9), Maicol Antonio Sales dos Santos, um dos suspeitos no caso da morte de Vitória Regina de Sousa, optou por não responder às perguntas do juiz. A sessão teve como objetivo verificar a legalidade da prisão e eventuais denúncias de maus-tratos.
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A defesa argumentou que a detenção era desnecessária, alegando que o suspeito possuía emprego fixo e colaborava com as investigações. O magistrado manteve a prisão temporária de Maicol por 30 dias.
A Polícia Civil de São Paulo apontou contradições no depoimento dele, motivo pelo qual foi detido. Inicialmente, Maicol se apresentou como testemunha e afirmou que estava em casa com a esposa no dia do crime, versão que não se sustentou após o depoimento da companheira.
O carro dele, um Corolla prata, circulou na região em que o corpo de Vitória foi encontrado. A polícia investiga se o carro teria sido usado para sequestrar a adolescente.
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Enquanto isso, a Justiça negou os pedidos de prisão dos outros dois principais suspeitos do crime, segundo a Polícia Civil de São Paulo. Gustavo Vinicius de Moraes Santos, ex-namorado de Vitória, e Daniel Lucas Pereira.
No caso de Gustavo, apesar da geolocalização do celular apontá-lo próximo à residência da vítima no momento do crime, o juiz decidiu que as provas ainda eram insuficientes para uma detenção. Já para Daniel, a única conexão direta com o caso foi um registro fotográfico do carro de Maicol e um vídeo do trajeto de Vitória entre o ponto de ônibus e sua casa. Seu depoimento foi considerado colaborativo, e buscas em sua residência foram autorizadas.
Agora, a investigação segue em busca de novas provas que possam fortalecer um novo pedido de prisão para Gustavo e Daniel.