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Polícia

Caso Gritzbach: saiba quem são os 15 militares indiciados pela Corregedoria e as acusações

SBT detalha com exclusividade onde os policiais atuavam antes de serem presos e os elos com o PCC e o delator assassinado

Imagem da noticia Caso Gritzbach: saiba quem são os 15 militares indiciados pela Corregedoria e as acusações
Antônio Vinicius Gritzbach | Reprodução
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A Corregedoria da Polícia Militar indiciou 15 militares envolvidos no caso Vinicius Gritzbach, incluindo os PMs que faziam a escolta do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) e os que participaram da execução dele, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, em novembro do ano passado.

O inquérito policial militar (IPM) começou com 25 militares na mira da Corregedoria. Destes, 17 foram detidos durante a investigação, que terminou na quarta-feira (5), com a acusação de três tenentes, quatro cabos e oito soltados. Segundo o órgão da PM, 11 cometeram o crime de organização criminosa, 1 de prevaricação e falsidade ideológica e 3 de prática de violência (envolvimento direto na execução de Gritzbach).

Saiba quem são eles e por que são suspeitos

Da farda para o PCC

Soldado Talles Rodrigues Ribeiro

Lotado no 7º Batalhão Policial Militar (BPM), ele realizava o serviço de escolta privada para Gritzbach, que lavava dinheiro para o PCC. Talles protegeu o delator ao menos no dia 15 de abril de 2024, no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste, e viajou com Gritzbach entre 26 de julho e 1º de agosto para Fortaleza, no Ceará.

Soldado Alef de Oliveira Moura

Militar do 39º BPM, o soldado participava da escolta pessoal de Gritzbach e também acompanhou o delator no Fórum da Barra Funda, na mesma data mencionada.

Cabo Leandro Ortiz

Leandro atuava no 2º Comando do Policiamento de Área Metropolitana (CPA) e escoltou Gritzbach para a viagem com destino a Fortaleza. Ele estava escalado e foi flagrado na escolta do delator no dia da execução.

Soldado Adolfo Oliveira Chagas

Da equipe do 3º Batalhão, a Corregedoria aponta que Adolfo integrava a escolta do delator, "mesmo tendo plena consciência de seu envolvimento com o crime organizado".

Soldado Samuel Tillvitz da Luz

Direto do 11º BPM, Samuel participou da escolta do delator no Fórum da Barra Funda e acompanhou a última viagem de Gritzbach antes de ser assassinado. Na ocasião, o policial esteve com empresário condenado por lavagem de dinheiro em Maceió, Alagoas, entre 1º de novembro e o dia da morte, no Aeroporto de Guarulhos.

Cabo Romarks César Ferreira Lima

Romarks, lotado no 2º BPM, também esteve presente na equipe de militares na data da execução do delator, realizando a escolta. A Corregedoria destaca que ele chegou a ser abordado pela polícia no Aeroporto.

Soldado Jefferson Silva Marques de Souza

Do 1º BPM, o soltado também foi flagrado e abordado pela Polícia enquanto realizava a escolta do delator, no Aeroporto de Guarulhos.

Tenente Giovanni de Oliveira Garcia

Tenente do 23º BPM, ele não só indicou todos os militares para desempenhar o "bico" para Gritzbach como também gerenciava a participação deles.

Soldado Erick Brian Galloni

Especializado em ações policiais especiais, Erick é do 4º Batalhão Policial de Choque da PM e integrava a equipe dos homens de farda de Gritzbach.

Cabo Wagner de Lima Compri Eicardi

O cabo Wagner, lotado do 38º BPM, também protegia o delator do PCC.

Soldado Leonardo Cherry de Souza

Por fim, o último integrante da escolta de Gritzbach é do 3º Batalhão da PM.

Todos os mencionados foram indiciados por organização criminosa.

Sem vestir a farda

Tenente Thiago Maschion Angelim da Silva

Thiago é do 18º Batalhão da PM é o único indiciado por prevaricação e falsidade ideológica. Ele ajudou um policial que pertencia à escolta utilizando uma declaração falsa para que o colega atuasse na proteção de Gritzbach, desfalcando plantão da PM.

O tenente era Comandante de Força Patrulha e a Corregedoria destaca que ele "tinha a obrigação de ter relatado" a ausência do militar no trabalho.

Farda com sangue

O cabo Denis Antônio Martins, do 33º BPM, o tenente Fernando Genauro da Silva, do 23º BPM, e Ruan Silva Rodrigues, do 20º BPM, foram indiciados por prática de violência pela participação direta no assassinato do delator.

Denis e Ruan são apontados como os autores dos tiros que mataram o delator. Já Fernando Genauro era o piloto de fuga dos envolvidos na execução de Vinicius Gritzbach, que sabia de informações do PCC e de policiais corruptos da Polícia Civil.

O SBT News procurou a defesa dos mencionados e deixa o espaço aberto caso os advogados decidam se manifestar.

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