Caso Gritzbach: Ministério Público denuncia acusados de serem mandantes e executores da morte do delator
Promotoria pede a conversão da prisão temporária em preventiva dos seis principais suspeitos do crime; investigações ainda podem levar a mais indiciados

Derick Toda
Fátima Souza
Robinson Cerantula
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou à Justiça, na manhã desta segunda-feira (17), seis envolvidos diretamente na execução de Vinicius Gritzbach, o delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) e de policiais suspeitos de colaborar com o crime organizado.
O assassinato do delator ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro do ano passado. O MPSP pediu a conversão da prisão temporária em preventiva dos mandantes e executores do crime por homicídio e tentativas de homicídio.
Apontados como mandantes do assassinato
- Emílio Carlos Congorra, o Cigarreira;
- Diego Amaral, o Didi.
Ambos estão foragidos.
Denunciados como executores do crime
- Soldado Ruan Silva Rodrigues é apontado como atirador e está preso;
- Cabo Denis Antônio Martins é apontado como atirador e está preso;
- Tenente Fernando Genauro é indicado como o piloto do carro usado na execução e está preso;
- Kauê do Amaral Coelho seria o olheiro que ajudou no assassinato, teria auxliado na fuga dos atiradores e está foragido.
A Polícia Civil encaminhou o relatório final para o Ministério Público, na sexta-feira (14).
Gritzbach é acusado de mandar matar Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, e seu motorista Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, integrantes do PCC que seriam amigos de Cigarreira e Didi, agora foragidos da Justiça. A investigação policial aponta que o principal motivo para a morte do delator foi vingar a morte dos amigos.
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Além disso, houve um "acerto de contas" por causa da colaboração premiada de Griztzbach com o Ministério Público, na qual ele denunciou criminosos que eram seus clientes. Grizbach chegou a ser condenado por lavagem de dinheiro atuando, principalmente, por meio da corretagem de imóveis de luxo, na zona leste de São Paulo.
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De acordo com a investigação, o pagamento aos executores seria de R$ 3 milhões. Além de Gritzbach, um motorista de aplicativo morreu e duas pessoas que não tinham relação com o delator ficaram feridas, durante o ataque.
A promotoria afirma que o caso não está encerrado, uma vez que outros militares e policiais civis podem estar envolvidos, e avaliará se vai denunciar o grupo por organização criminosa.
Outros PMs envolvidos
Ao todo, a Corregedoria da Polícia Militar indiciou 15 militares envolvidos no caso Gritzbach: 11 por organização criminosa, 1 por prevaricação e falsidade ideológica e 3 por prática de violência (Genauro, Denis e Ruan).
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