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Polícia

Câmeras flagram policial militar agredindo homem em São Paulo

PM deu coronhada em motorista de aplicativo durante abordagem e saiu sem dar explicações

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Um técnico em telecomunicações levou uma coronhada que provocou um corte perto do olho durante uma abordagem policial em São Paulo. A agressão foi gravada por câmeras de segurança e o caso está sendo investigado pela corregedoria da Polícia Militar.

Uma câmera de segurança gravou a agressão, na zona leste da capital paulista. Eram 02h28 do último dia 8. A viatura da Polícia Militar dá sinal pra que o motorista do carro à frente pare. Quem estava no veículo era o técnico em telecomunicações e motorista de aplicativo, de 35 anos.

"Quando eu vi a viatura, eu estava virando a esquina, aí ele fez o barulho da viatura, aí eu parei, né?", afirma o motorista.

Os policiais então emparelham e um PM desceu. Com a arma e uma lanterna na mão, o militar dá uma coronhada no rosto do homem. Em seguida, o policial vai embora como se nada tivesse acontecido. O rapaz levou três pontos no rosto.

"Na hora, já tonteei, fiquei uns minutos meio desacordado, não sei se foi desacordado, tonto, mas, quando eu olhei para o lado, ele já não tava, aí, só escutei um cara do lado lá, num carro, falando 'nossa, você foi agredido, você foi agredido'. Aí, eles já não estavam no local mais", conta a vítima.

Com o olho ferido, o rapaz foi até o batalhão da própria PM - que fica a 1 km do local onde ele foi agredido - pra pedir ajuda e denunciar a violência, mas, no quartel, ninguém acreditou nele.

Ele só conseguiu a imagem pra provar o que tinha acontecido dias depois. "Não pode passar batido, né? Não bateu num vagabundo, em nenhum qualquer, eu tenho família, trabalho, pago minhas contas tudo certinho e não pode ficar assim", diz o rapaz.

Na sexta-feira passada, ele foi ouvido na corregedoria da PM. Um boletim de ocorrência também foi registrado pra que a agressão seja investigada.

"Estamos fazendo todo o acompanhamento junto a PM, Civil e Corregedoria pra que esse caso não fique impune. Diante de um caso desse reforça ainda mais a necessidade das câmeras corporais dos policiais militares", afirma o advogado Willy Fontenelle.

A Secretaria da Segurança Pública disse, em nota, que o homem agredido tem seis meses pra fazer uma representação criminal pra que o caso seja, enfim, investigado. O secretário Guilherme Derrite, que é capitão da PM, não quis gravar entrevista sobre o caso.

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