'Calvo do Campari' nega que tenha tentado estuprar ex e diz que estava bêbado
Esta foi a primeira vez que o influenciador Thiago Schutz se pronunciou desde o episódio de agressão contra sua ex-namorada Lais Angeli Gamarra

Sofia Pilagallo
O influenciador Thiago Schutz, conhecido como "Calvo do Campari", de 37 anos, se pronunciou, pela primeira vez, desde o episódio de agressão contra a ex-namorada, na sexta-feira (28). Em vídeo publicado nas redes sociais, ele negou que tenha tentado estuprar Lais Angeli Gamarra, de 30 anos, e admitiu que estava bêbado na noite das agressões.
Com arranhões no rosto e no corpo, Schutz começou afirmando que cometeu erros, mas que nenhum deles foi tentar estuprar Lais, acusação que ele considera "gravíssima". O primeiro erro, disse, foi deixar o relacionamento "passar do ponto do respeito mútuo".
Schutz então contou que ele e Lais entraram em "briga corporal mútua" após "discussão muito acalorada", motivada pela iniciativa dele de terminar o relacionamento. Segundo o influenciador, a mulher teria se deslocado de Sorocaba (SP) até Salto (SP), onde ele reside, para que eles passassem o final de semana juntos.
"Eu nunca preguei violência de nenhum tipo de natureza nos meus quatro, cinco anos como pessoa pública, (...) mas, infelizmente, acabou acontecendo. Assumo meus erros. Sei que errei. Como eu também estava sendo agredido, eu dei, sim, um empurrão nela e tentei afastá-la de mim pelo pescoço", afirmou.
"Era para ter chegado a esse ponto? Obviamente não, mas, infelizmente, chegou. Eu estava bêbado? Claramente. Coisas que vocês não sabem sobre o Thiago: eu tenho um problema com o álcool e não deveria ter bebido. Esses são os meus erros. Estou aqui diante de vocês para assumir todos eles como um homem de verdade, que não foge das suas responsabilidades", acrescentou.
Ainda no pronunciamento, Schutz revelou detalhes da intimidade dos dois. Ele contou que sempre recebia de Lais uma quantidade "absurda" de mensagens de texto "extremamente picantes" e que, na maioria das vezes, era ela quem o procurava para fazer sexo — sugerindo que mulheres com apetite sexual não podem ser vítimas de violência.
Por último, Schutz afirmou que não representa o movimento "Red pill" e que não se vê como "líder" da comunidade, embora já tenha ajudado "milhares de homens e mulheres" ao longo dos últimos cinco anos. Ele disse que sempre tratou a todos com respeito, "principalmente as mulheres", e reafirmou que nunca houve uma tentativa de estupro.
"Preciso reafirmar com todas as palavras que não existiu nenhum estupro e nenhuma tentativa de estupro da minha parte. Nem hoje, nem nunca, nem no futuro. Isso eu garanto. É cruel, para não falar que é uma barbárie, tentar imputar esse tipo de crime contra mim", declarou.
O caso
Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o SBT teve acesso, Lais foi agredida com chutes e socos após se recusar a ter relações sexuais com Schutz. Em meio às agressões, ela conseguiu fugir da casa onde estavam e acionou a Polícia Militar.
Schutz foi preso em flagrante na sexta-feira e solto no sábado (29), após passar por audiência de custódia. Na segunda-feira (1), a Justiça concedeu medida protetiva para Lais.
A advogada Nayara Thibes, que representa Lais no caso, fez novo pedido de prisão. Ela também solicitou à delegacia que reformulasse o boletim de ocorrência, acrescentando que houve também tentativa de estupro.









