Aluna que foi pisoteada no interior de SP recebe medida protetiva
Menina sofreu ofensas racistas e teve fezes atiradas por adolescentes; caso racista foi registrado em Novo Horizonte (SP)
A menina de 12 anos que foi pisoteada, teve fezes atiradas e xingada com ofensas racistas por colegas de uma escola municipal em Novo Horizonte (SP), cidade no noroeste paulista, recebeu medida protetiva.
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O caso de racismo e a gravidade da situação foi denunciado pela mãe da jovem. Os xingamentos contra a aluna eram frequentes dentro da escola municipal Hebe de Almeida Leite Cardoso. Há algumas semanas, porém, as palavras racistas se transformaram em agressões físicas.
Segundo a vítima, a violência ocorre há pelo menos dois anos, quando começou a frequentar a escola. Nas redes sociais, a mãe da menina já tinha recebido relatos de outros estudantes que teriam passado por casos parecidos.
Uma medida protetiva foi solicitada, impedindo que os estudantes envolvidos no caso se aproximem da adolescente. Um laudo apontou que a menor tinha várias escoriações pelo corpo, corroborando para o pedido da medida por meio da Lei Henry Borel, aprovada em 2022, que permite esse tipo de proteção para crianças e adolescentes.
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De acordo com a advogada que defende a menina, a escola foi notificada para tomar medidas, como fiscalizar a aproximação dos agressores ou que trocassem os quatro alunos envolvidos de sala ou de escola. Esses estudantes foram, até o momento, deslocados para outras turmas.
Segundo o prefeito da cidade, Fabiano Belentani (PL), uma investigação interna foi realizada e os alunos envolvidos foram ouvidos, além dos pais e responsáveis. O processo segue em segredo de Justiça para análise do Ministério Público.