Advogada presa por racismo divulga nota pedindo “desculpas”
“E daí se eu tivesse chamado?”, disse quando ofendeu funcionário; depois, agrediu equipe de TV e afirmou que “quem tem dinheiro sai livre”
Primeiro Impacto
A advogada que foi flagrada e presa após proferir ofensas racistas a um funcionário de uma lanchonete, na madrugada da última sexta-feira (26), pediu desculpas, por meio da defesa, lamentando “profundamente” tudo o que ocorreu.
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A mulher ainda disse que deseja “sinceramente” desculpar-se com quem possa ter sido atingido pelas ofensas. A advogada afirmou que está “sofrendo ataques” nas redes sociais e que está “chateada”, mas está à disposição da polícia e do Ministério público para “responder qualquer pergunta”.
Fabiani Marques Zouki, branca, loira, de 47 anos, cometeu o crime de racismo contra o trabalhador Pablo Ramon, de 25 anos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Fabiane estava descontente com o atendimento e proferiu xingamentos racistas a Pablo, que, diante da violência, chutou o retrovisor do veículo da advogada.
A PM foi acionada para atender a ocorrência e constatou que Fabiane estava embriagada. Ela se recusou a fazer o teste do bafômetro e foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para a realização de um exame de embriaguez.
“E daí se eu tivesse chamado?” e “quem tem dinheiro sai livre”
O caso foi registrado como embriaguez ao volante e preconceito de raça ou cor no 27º Distrito Policial de Campo Belo. Após passar por audiência de custódia e ser liberada para responder em liberdade, a mulher afirmou que “quem tem dinheiro sai livre” e também agrediu uma equipe da TV Record.
"Falou que eu chamei de preto, de macaco. Viajou na maionese. E daí se eu tivesse chamado? Isso não é justificativa pra quebrar meu carro", gritou a advogada quando confrontada na lanchonete.