Lula lamenta morte de Saturnino Braga: "Sempre militando pelas causas populares"
Ex-prefeito da capital fluminense e ex-senador pelo Rio de Janeiro morreu nesta quinta-feira (3), aos 93 anos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte do ex-prefeito da capital fluminense e ex-senador pelo Rio de Janeiro, Roberto Saturnino Braga. Ele faleceu nesta quinta-feira (3), aos 93 anos.
"Hoje também nos despedimos do grande político e companheiro Roberto Saturnino Braga", inicia Lula. O petista ressalta que ele foi o primeiro prefeito do Rio eleito democraticamente pós-ditatura militar iniciada com o golpe de 1964.
"Saturnino foi grande defensor da democracia e participante da vida pública do Brasil e do Rio de Janeiro, onde foi — além de prefeito — vereador, deputado, senador da República e secretário de Desenvolvimento Econômico de Niterói. Sempre militando pelas causas populares", acrescenta.
Lula salienta ainda que, além da trajetória política, "Saturnino foi também engenheiro e escritor, tendo ganho o Prêmio Malba Tahan, da Academia Carioca de Letras, pelo livro Contos do Rio".
O presidente envia condolências aos três filhos do ex-prefeito (Adelia, Bruno e Antonio Frederico), amigos, companheiros e "admiradores de sua grande e honrada trajetória política".
Outras manifestações
A Câmara Municipal do Rio se solidarizou com os familiares e amigos de Saturnino Braga e lamentou a morte, por meio de nota.
"Um político que entrou para a história por sua luta pela democracia, Saturnino foi o primeiro prefeito eleito de forma direta, após a redemocratização. Um gestor atuante, e sempre a favor dos que mais precisavam", ressalta.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado (PSD), "o Rio perde um político que lutou pela democracia", e Saturnino "sempre priorizou quem mais precisava".
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Segundo o PT, ao qual foi filiado de 2002 a 2019, "Roberto Saturnino Braga foi um militante do socialismo, das lutas populares e da democracia ao longo da vida". "Deputado federal pelo PSB, eleito em 1960, enfrentou a ditadura, elegeu-se senador pelo antigo MDB, foi prefeito do Rio e retornou ao Senado em 1998", acrescenta a sigla, em nota de pesar pela morte, assinada pela presidente do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirma ter recebido "com muita tristeza' a notícia do falecimento.
"Amigo com longa trajetória na política e de contribuições para o desenvolvimento do país, Saturnino foi vereador, deputado federal e três vezes senador, sendo que em um dos mandatos exercemos no mesmo período, pela bancada do PT", destaca.
Mercadante relembra que Saturnino ingressou no primeiro concurso do Banco, em 1956. "Também foi presidente do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento e do Instituto Cultural Casa Grande. Ao longo da vida, escreveu 15 livros, sobre política, literatura e ficção".
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O presidente do BNDE envia condolências aos familiares, amigos, companheiros de militância e "aos admiradores deste grande brasileiro".
De acordo com o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ), Saturnino Braga "sempre foi referência de princípios políticos e ética pública". "Lamento a morte do amigo querido e colega de Parlamento, inclusive na Câmara do Rio".
Roberto Freire, ex-deputado federal e ex-ministro da Cultura, disse que é um "dia triste". "O Brasil perdeu um homem público de valor, Saturnino Braga", pontuou.
Freire afirma ter tido "a honra de ter participado de sua campanha para senador pela oposição em pleno regime militar e com ele convivido no Congresso Nacional durante todos os seus mandatos". "Nosso pêsames a família, amigos e admiradores", conclui.