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Política

Lula confirma viagem à Bolívia e associa tentativa de golpe a interesse por lítio

Presidente disse haver interesse internacional na “maior reserva do mundo” do minério; Lula também anuncia torcida por Joe Biden nos EUA

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Lula em entrevista no Palácio do Planalto | Ricardo Stuckert/PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relacionou, nesta quinta-feira (27), a tentativa de golpe de Estado na Bolívia ao interesse internacional nas reservas de lítio no país.

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Ele confirmou a visita ao país no dia 9 de julho e disse que o encontro com o presidente boliviano, Luis Arce, será uma forma de fortalecer e apoiar a democracia. A declaração foi feita em Minas Gerais, durante entrevista à rádio Itatiaia.

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“A Bolívia é um país que tem muitos interesses internacionais porque é a maior reserva de lítio do mundo, tem muitos interesses internacionais lá e ainda tem gás. É preciso ter em mente que tem interesse de dar golpe e sou contra golpes, sou a favor da democracia e por isso vou lá fortalecer o Arce e fortalecer a democracia”, disse.

Eleições americanas

Além de comentar a tentativa de ruptura institucional na Bolívia, Lula também falou sobre as eleições nos Estados Unidos, que terá o primeiro debate presidencial entre Joe Biden e Donald Trump na noite desta quinta-feira (27).

O presidente declarou torcida pelo presidente Joe Biden e disse que sua reeleição significará que os Estados Unidos vão continuar respeitando a democracia. Lula lembrou da invasão ao Capitólio feita por apoiadores trumpistas após a convocação de ex-presidente norte-americano e comparou o caso ao 8 de janeiro no Brasil.

“O Trump deu aquela demonstração, quando ele invadiu o Capitólio, que não era uma coisa certa de se fazer. O que ele fez foi feito aqui na tentativa de golpe no 8 de janeiro. Como democrata eu estou torcendo para que o Biden saia vitorioso e se ele ganhar eu já tenho relação com os EUA, relação sólida que pretendo manter”, disse.

Ainda segundo o chefe do poder Executivo brasileiro, uma vitória de Trump traria um cenário de instabilidade para o cenário político internacional, mas garantiu que o resultado do pleito nos Estados Unidos não vai interferir na política brasileira.

“Se o Trump ganhar, a gente não tem noção do que ele vai fazer. Ele chegou a dizer que se algum país quiser sair do dólar como a moeda de referência comercial ele vai punir o país. Ele não é presidente do mundo", declarou Lula.

"Essas pessoas que fazem muitas bravatas eu não gosto, não acho que é bom na política [...] Da minha parte não vai alterar, vai alterar o clima nos EUA, aqui nós tomamos conta do nosso quintal sem precisar que ninguém se meta”, concluiu o presidente da República.

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