Conselho de Ética deve ouvir Rivaldo Barbosa em processo contra Chiquinho Brazão nesta segunda (15)
Reunião do colegiado está marcada para as 16h; Rivaldo Barbosa é suspeito de envolvimento na execução da vereadora Marielle Franco
Guilherme Resck
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deve ouvir nesta segunda-feira (15), no processo que pode levar à cassação do mandado do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro. Assim como o parlamentar, Barbosa está preso desde março acusado de envolvimento na execução da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
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Ele falará ao Conselho de Ética na condição de testemunha indicada pela defesa de Chiquinho Brazão no processo. A previsão é de que o colegiado realize hoje também a oitiva de outras cinco testemunhas elencandas pela defesa. São elas:
- Willian Coelho: vereador da Câmara Municipal do Rio de Janeiro;
- Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior: delegado e ex-chefe da Polícia Civil do RJ;
- Paulo Sérgio Ramos Barboza: ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro;
- Carlos Alberto Lavrado Cupello: ex-vereador do Rio de Janeiro;
- Domingos Inácio Brazão: conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e irmão de Chiquinho Brazão;
- Daniel Freitas Rosa: delegado da Polícia Civil do estado do RJ.
Domingos Brazão também está preso desde março, acusado de envolvimento no assassinato de Marielle e Anderson Gomes. Dos nomes previstos para falarem hoje, apenas o conselheiro afastado e Daniel Freitas Rosa não confirmaram ao Conselho de Ética que vão depor. A reunião do colegiado está marcada para as 16h.
O processo contra Chiquinho Brazão no Conselho de Ética teve início a partir de uma representação dos partidos Psol e Rede Sustentabilidade, por quebra de decoro parlamentar, protocolada em 24 de março, após o deputado ser alvo da Polícia Federal suspeito (PF) de ser um dos mandantes do atentado contra Marielle.
Os deputados do Psol e Rede disseram que, pelo envolvimento de Brazão no caso, "a sua cassação é uma necessidade". A cada dia que o parlamentar continua como deputado federal, ressaltam no documento, "é mais um dia de mácula e de mancha" na história da Câmara. A relatora do processo é a deputada Jack Rocha (PT-ES).