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Morre o jornalista e escritor Cícero Sandroni, imortal da Academia Brasileira de Letras, aos 90 anos

Acadêmico atuou em veículos como O Globo, Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã, Jornal do Brasil e presidiu a ABL entre 2007 e 2009

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Cícero foi vítima de um choque séptico causado por uma infecção urinária | Divulgação
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O jornalista, escritor e acadêmico Cícero Sandroni, integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), morreu na manhã desta terça-feira (17), aos 90 anos. De acordo com a entidade, ele faleceu em casa, vítima de um choque séptico causado por uma infecção urinária. Sandroni deixa a esposa, Laura Constância Austregésilo de Athayde, e cinco filhos.

O velório será realizado nesta quarta (18), a partir das 10h, na sede da ABL, no centro do Rio de Janeiro.

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Quem foi Cícero Sandroni?

Cícero Sandroni teve uma carreira sólida no jornalismo brasileiro e também escreveu ficção. Nascido em Guaxupé, no interior de Minas Gerais, iniciou seus estudos em São Paulo e mudou-se com a família para o Rio de Janeiro em 1946. Formou-se em Comunicação Social pela PUC-Rio. Atuou em veículos como O Globo, Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã e Jornal do Brasil.

Em 1961, foi nomeado secretário de Imprensa da prefeitura do Distrito Federal e redigiu a única mensagem oficial enviada pelo ex-presidente Jânio Quadros ao Congresso Nacional durante seu governo. Em seguida, presidiu o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM), mas foi afastado após o golpe militar de 1964.

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Sandroni foi reconhecido com o Prêmio Esso de Jornalismo, em 1974. Em 1976, participou do Manifesto dos Mil, movimento de intelectuais que contribuiu para o fim da censura no país durante a ditadura.

Além do jornalismo, Sandroni foi autor de obras como "O Diabo Só Chega ao Meio-Dia" (1985), "Cosme Velho" (1999) e "O Peixe de Amarna" (2003). Em parceria com a esposa, escreveu "O Século de um Liberal" (1998), sobre a vida e obra de seu sogro, o também imortal Austregésilo de Athayde.

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Em 6 de junho de 2002, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 6, anteriormente pertencente a Roberto Marinho. Tomou posse em 16 de agosto do mesmo ano, consolidando sua relevância no cenário intelectual brasileiro.

Homenagens

O poeta e também imortal da ABL Marco Lucchesi prestou homenagem nas redes sociais. "Adeus, querido Cícero Sandroni. Saudade e admiração ao amigo de aliança democrática e civil. Realizamos um fato histórico: a paz entre as repúblicas de Pisa e Lucca, que era tema recorrente de nossa lúdica amizade. Toda solidariedade à família", escreveu ele em sua conta na rede social X (antigo Twitter).

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