Bolsonaro se torna o 4º ex-presidente a enfrentar prisão após redemocratização
Collor, Temer e Lula enfrentaram processos judiciais; outros ex-presidentes chegaram a ser denunciados, mas absolvidos ou tiveram os casos arquivados
SBT Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro passou a integrar a lista de ex-presidentes da República a enfrentar o encarceramento desde a redemocratização do Brasil, há 40 anos.
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Antes dele, Fernando Collor de Mello, Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva também foram alvo de processos judiciais que resultaram em prisões.
O caso mais recente havia sido o de Collor, preso em abril de 2025, após condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato. Ele ficou cinco dias em uma penitenciária de Maceió e passou a cumprir a pena em regime domiciliar. O ex-presidente eleito em 1990, também sofreu um processo de impeachment em 1992.
Michel Temer, presidente entre 2016 e 2018, foi preso duas vezes em 2019, também em desdobramentos da Lava Jato. Detido por apenas alguns dias na sede da Polícia Militar de São Paulo, ele foi investigado por supostas fraudes em licitações ligadas à usina nuclear de Angra 3. O caso foi arquivado. Temer respondeu a mais de dez inquéritos, mas nunca foi condenado.
Já Lula foi preso em 2018, após ser condenado em segunda instância por corrupção no âmbito da Lava Jato. Ele passou 580 dias na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Em 2021, as condenações foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou que os processos não deveriam ter tramitado na capital paranaense, além de considerar o juiz do caso, Sérgio Moro, imparcial.
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Ao longo da história brasileira outros presidentes enfrentaram acusações, mas não foram condenados. Em 2017, José Sarney foi denunciado por corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro, e Dilma Rousseff por organização criminosa e obstrução da Justiça — ambos foram absolvidos. Em 2000, Itamar Franco foi denunciado por difamação, mas o caso foi arquivado.