Furtos de motos de luxo crescem 14% em São Paulo
Apesar da queda, roubos ainda são maior parte das ocorrências envolvendo motocicletas de alta cilindrada. Crimes movimentam o mercado ilegal de peças
Juliana Tourinho
Nos primeiros seis meses deste ano, os furtos de motos de alta cilindrada aumentaram 14% na capital e na região metropolitana de São Paulo. Já os roubos, que envolvem abordagem direta às vítimas, caíram 23% no mesmo período. Ainda assim, essa modalidade representa 74% das motos levadas.
Nas ruas, garagens ou estacionamentos, os furtos de motocicletas têm se tornado rotina em São Paulo. Foi o que aconteceu com a moto de Gilvan Marques, motoboy que deixou o veículo em frente a um supermercado e, minutos depois, não encontrou mais.
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Os ladrões de moto vem preferindo agir sem violência para não chamar atenção. E o principal alvo principal são modelos de luxo. Segundo especialistas, a mudança no perfil dos criminosos explica o cenário: quadrilhas organizadas substituíram os ladrões ocasionais.
Nesta quinta-feira, uma operação da Polícia Civil prendeu 11 suspeitos de integrar uma quadrilha de roubo de motos de luxo em São Paulo. Além dos ladrões, havia grupos especializados em desmanche, revenda de peças e fornecimento de armas. Muitas motos roubadas eram deixadas escondidas em áreas de mata para despistar rastreadores.
Com o avanço do crime, empresas de rastreamento registraram aumento de 20% na procura por dispositivos de segurança. É o caso da Ituran Brasil, que usa inteligência artificial para identificar movimentações suspeitas e, quando necessário, acionar o bloqueio da moto para evitar que seja desmontada.