Policial penal é sequestrado em Osasco (SP): "Se a gente quisesse te matar, já teria matado"
Frase foi ouvida por testemunha do sequestro. Em novembro de 2024, carta do PCC prometia represália e levantamento de informações sobre agentes penais
Bianka Santos
Derick Toda
Um policial penal foi sequestrado, na tarde de segunda-feira (13), por dois criminosos armados, em Osasco, na grande São Paulo. Ele ainda está desaparecido.
Sérgio Ferreira dos Santos, de 48 anos, aguardava um carro de aplicativo para seguir ao local de trabalho, no Centro de Detenção Provisória I do município, quando foi abordado.
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Em depoimento à Polícia Civil, a irmã do policial, Erika Ferreira dos Santos, afirmou que um dos suspeitos disse a Sérgio: “Vamos conversar. Se a gente quisesse te matar, já teria matado”.
O caso foi registrado como extorsão mediante sequestro, no 5º Distrito Policial da cidade. O SBT News pediu um posicionamento para o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, mas ainda não obteve resposta.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que "diligências estão em andamento" e retornará assim que possível.
"Salve geral": carta do PCC é apreendida
Em novembro do ano passado, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo interceptou uma carta do Primeiro Comando do Capital (PCC) que pedia um levantamento de informações sobre policiais penais, com detalhes do nome e endereço dos servidores públicos.
A mensagem, com data de 17 de setembro de 2024, é assinada pela "Sintonia Final", grupo de comando do PCC.
Com as informações sobre os agentes penais, a facção prometeu represálias. Na ocasião, a carta foi apreendida pela SAP, na Penitenciária de Parelheiros. Em outubro de 2024, um dos agentes dessa unidade foi baleado por dois suspeitos, ao chegar ao local.
Além disso, a alta cúpula da facção pediu um levantamento das unidades prisionais que utilizam bloqueador de sinal de celular e daquelas que possuem "churrasqueira" - que são as redes, grades ou proteções que evitam a entrada de drones ou impedem arremesso de objetos de fora para o interior dos presídios.
