Polícia pede investigação de farmacêutica que vendia curso de peeling de fenol
Empresário de 27 anos morreu depois do procedimento feito por uma das alunas do curso; médicos alertam que o peeling deve ser feito apenas por dermatologistas
A polícia de São Paulo pede que a polícia do Paraná investigue Daniele Stwart, farmacêutica que vendia o curso online de peeling de fenol, e desconfia que ela faça a prática ilegal da medicina. O curso foi feito por Nathalia Becker, responsável pelo procedimento que resultou na morte de Henrique Chagas, de 27 anos.
Daniele, que não era médica, se identificava como “doutora” nas redes sociais. A defesa afirma que os métodos usados por Nathalia, registrados pelo namorado da vítima e pelas câmeras de segurança, não são os mesmos que os ensinados nas aulas.
Becker afirmou que pagou R$ 500 no curso. A Sociedade Brasileira de Dermatologia afirmou que o procedimento é invasivo e deve ser realizado apenas por médicos dermatologistas habilitados, preferencialmente em ambiente hospitalar.
Um vídeo registrado pelo namorado de Henrique mostra uma funcionária da clínica fazendo diversos cortes no rosto da vítima, que deixaram sangue exposto. Esse procedimento está errado, de acordo com especialistas procurados pelos advogados que representam Henrique, uma vez que o fenol é extremamente agressivo.
O caso aguarda manifestação da Polícia Civil para decidir se outros alunos que fizeram o curso serão chamados para prestar depoimento, em São Paulo ou outras partes do país.