Motorista de aplicativo é sequestrado e salvo pela esposa, que rastreou trajeto e acionou a polícia
Homem foi mantido refém por três horas; criminosos bateram o veículo durante a fuga e foram presos
Primeiro Impacto
Agência SBT
Um motorista de aplicativo viveu momentos de terror na noite de quarta-feira (6), ao ser sequestrado por três criminosos em São Paulo. Ele foi mantido refém por mais de três horas e só escapou graças à ação rápida da esposa, que monitorava seus passos por meio de um aplicativo de rastreamento e percebeu que havia algo errado.
Segundo o relato da vítima, entre as 18h e 21h, os sequestradores o obrigaram a dirigir por uma região da cidade enquanto tentavam obter transferências bancárias, senhas de cartões e contatos de familiares para extorquir dinheiro. Ao todo, conseguiram roubar mais de R$ 4 mil, entre PIX e uso de cartões de crédito.
Enquanto isso, a esposa do motorista notou uma rota fora do padrão, o nível de bateria do celular em queda e a ausência de resposta do marido.
Ao usar a função de escuta do aplicativo de rastreamento, ouviu vozes masculinas e nenhuma resposta dele. Foi o suficiente para acionar a polícia.
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Perseguição da polícia
Com as informações da localização em tempo real, a polícia iniciou uma perseguição ao veículo na zona leste de São Paulo. A fuga terminou em um grave acidente.
Os criminosos bateram em um segundo carro, que pegou fogo. O veículo do motorista de aplicativo acabou colidindo contra uma mureta da Radial Leste.
A condutora do carro atingido ficou presa às ferragens e foi retirada antes que o fogo consumisse o automóvel. Ela foi encaminhada ao hospital com ferimentos na cabeça. O motorista sequestrado também precisou de atendimento no local.
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Dois dos criminosos foram levados ao Hospital Ermelino Matarazzo e o terceiro, conduzido diretamente ao 24º Distrito Policial de Ponte Rasa.
Segundo a Polícia Militar, dois deles já possuíam antecedentes criminais. O caso foi registrado como sequestro, tentativa de latrocínio e resistência, e a polícia investiga se a quadrilha esteve envolvida em outros crimes semelhantes na capital.