Beatriz Souza: conheça judoca que ganhou primeira medalha de ouro do Brasil na Olimpíada de Paris
Atleta fez campanha histórica para assegurar primeiro lugar no ódio na disputa de judô a partir de 78 kg
O Brasil ganhou, nesta sexta-feira (2), a primeira medalha de ouro na Olimpíada de Paris. Na decisão da categoria a partir de 78 kg no judô, Beatriz Souza superou a israelense Raz Hershko, de quem já ganhou quatro vezes em outras oportunidades, e se tornou campeã olímpica na capital. Detalhe: antes, na semifinal, tinha batido a francesa Romane Dicko, número 1 do mundo.
Quem é Bia Souza?
Natural de Peruíbe, litoral sul de São Paulo, Bia começou a praticar judô aos sete anos depois de assistir um treino da modalidade. Ela é a única filha de três irmãs que escolheu seguir os passos do pai judoca, Poscedonio José de Souza Neto.
O primeiro mestre de Bia foi Wagner Silva, da Associação Budokan de Peruíbe.
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Aos 15 anos, a jovem se mudou para a capital paulista em busca de se aprimorar no esporte e competir. Diariamente, intercalava o período escolar com treinos de alta intensidade.
Nos Jogos de Tóquio 2020, disputados em 2021 por causa da pandemia de covid-19, Bia chegou a ser cotada para representar o país, mas a escolhida na categoria foi Maria Suelen Altheman, atleta que virou uma das treinadoras da finalista neste ciclo olímpico de Paris.
Bia Souza já levou três medalhas no Mundial de Judô, foi duas vezes bronze e ganhou uma prata. Foi campeã cinco vezes no Pan-Americano e tem 24 medalhas em Copas do Mundo, 17 no World Judô Tour, com 4 vitórias. Além disso, alcançou ouro no Grad Slam Baku, em 2023, no Grand Prix de Linz, na Áustria, neste ano.
Em 2023, ela foi eleita a melhor judoca do país pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Com carisma, confiança e personalidade, Bia já defendeu o Palmeiras e atualmente está no Esporte Clube Pinheiros, além de ser atleta militar.
"A competição é o meu momento, é o meu ambiente de tranquilidade. Onde me divirto. O melhor lugar do mundo para mim. Os treinos estão sendo bem encaminhados e os resultados que eu venho tendo durante esses últimos anos mostram que eu estou no caminho certo e que preciso continuar firme", disse Bia, em entrevista ao canal oficial das Olimpíadas.
Curiosidades
Longe do tatame, Beatriz tem um talendo escondido na cozinha, especialmente com salgados e bolos. Em seus fones de ouvido, o que a conduz são o trap e o rap.
O idolo de outro esporte para a brasileira é o ginasta Arthur Nory. Apesar de toda força, garra e vencedora como é, só tem um único desafio que a atleta não encara de jeito nenhum: se chama bife de fígado, comida que a brasileira detesta.