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Venezuela proíbe compra e uso de drones em meio à tensão com EUA

Apenas dispositivos de segurança pública e de defesa nacional ficarão isentos da medida

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Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro | Jeso Carneiro/Flickr
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O governo da Venezuela emitiu, na terça-feira (19), um decreto proibindo todas as atividades relacionadas a aeronaves remotamente pilotadas e não pilotadas, como drones, e aeromodelos no país. A ordem, segundo a administração, ficará em vigor por 30 dias, podendo ser prorrogada caso necessário.

Na prática, a medida suspende a compra, venda, fabricação, importação, distribuição, instrução, treinamento, registro e operação civil de voo das aeronaves, bem como das peças e componentes dos itens. Apenas dispositivos de segurança pública e de defesa nacional ficarão isentos da proibição.

“O Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC), como Autoridade Aeronáutica da República Bolivariana da Venezuela e órgão que regula o uso de aeronaves e supervisiona as atividades aeronáuticas civis, será responsável por fazer cumprir esta diretiva, em coordenação com os órgãos de segurança e defesa do Estado”, disse o governo.

O surgimento da medida acontece em meio ao aumento da tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos. Na segunda-feira (18), Washington enviou navios de guerra para a costa venezuelana, em operação contra o narcotráfico na América Latina. Ao todo, 4.000 marinheiros e fuzileiros navais foram mobilizados para a ação.

Além disso, no início de agosto, o governo norte-americano elevou de US$ 25 para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) a recompensa por informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro. A administração acusa o presidente venezuelano de atuar como um dos principais narcotraficantes do mundo e de representar uma ameaça à segurança dos Estados Unidos.

“Maduro usa organizações criminais internacionais, como El Tren de Aragua, Sinaloa e Cártel de los Soles, para trazer drogas mortais e violência ao nosso país. Sob a liderança do presidente Trump, Maduro não escapará da justiça e será responsabilizado por seus crimes desprezíveis”, disse a procuradora-geral Pam Bondi.

+ Governo Trump promete "todo o poder americano" contra Maduro

Maduro não chegou a responder as acusações de Washington, mas anunciou que irá mobilizar 4,5 milhões de soldados da milícia para conter a ameaça norte-americana. Em evento com governadores e prefeitos nesta semana, o presidente também citou um “plano especial de segurança para defender o território e a soberania do país”. “Fuzis e mísseis para a força camponesa, para a classe operária”, disse.

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