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UE diz não reconhecer "legitimidade democrática" de Maduro

Bloco europeu rejeitou resultado das eleições e disse que adotará novos esforços diplomáticos para garantir a transparência do pleito

UE diz não reconhecer "legitimidade democrática" de Maduro
Chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell | Reprodução/Twitter JosepBorrellF
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O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, voltou a dizer que o bloco não reconhece a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela. Em declaração na quinta-feira (29), o diplomata afirmou que, apesar de continuar líder do país, não há legitimidade democrática para um terceiro mandato de Maduro.

+ Venezuela atesta vitória de Maduro e proíbe divulgação de atas

“Maduro continua a ser o presidente, é verdade, mas a UE não reconhece a sua legitimidade democrática baseada em resultados”, disse Borrell. “Os ministros concordaram que devemos defender o processo democrático e, por minha proposta, não reconhecer os resultados eleitorais anunciados”, acrescentou.

A declaração acontece devido à crise política na Venezuela. Isso porque, na contagem do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro apareceu 52,21% dos votos, ante 44,2% de Edmundo González, principal concorrente. A oposição contestou os números e alegou fraude na apuração, afirmando ter provas da vitória de González no pleito.

Com isso, a apuração foi questionada por governos internacionais, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Argentina, Uruguai, Brasil, além da UE, que pediram a divulgação das atas eleitorais. A solicitação, contudo, foi negada pela Justiça.

Em meio à repercussão, os moradores saíram às ruas em protesto. Os atos se estenderam por todo o país, provocando confrontos com policiais e a deterioração do patrimônio público, como as estátuas relacionadas ao regime chavista. Mais de 1,5 mil pessoas foram presas nos protestos, com Maduro prometendo penas de até 30 anos de prisão.

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Apesar de não aceitar o resultado, Borrell descartou a possibilidade de impor mais sanções contra a Venezuela. Segundo ele, já há mais de 50 pessoas sancionadas e, por isso, não poderá avançar neste campo. Sem fornecer detalhes, ele disse apenas que o bloco deverá adotar outros esforços diplomáticos para garantir a transparência do pleito.

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