71% querem que Lula atue em defesa da democracia na Venezuela, diz pesquisa
Levantamento mostra que metade dos brasileiros acredita que opositor de Maduro recebeu mais votos
A maior parte da população brasileira considera importante a ação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para garantir a democracia na Venezuela. A informação foi confirmada em pesquisa da ONG Action For Democracy, voltada à promoção da democracia.
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Segundo o levantamento, 71% dos brasileiros acreditam ser muito importante a atuação de Lula com líderes latino-americanos. Mais da metade, 52%, diz apoiar totalmente Lula caso o presidente tivesse uma pressão firme para pressionar o venezuelano Nicolás Maduro - que segue no poder do país.
Uma grande parcela do grupo (63%) também considera que Maduro perdeu a eleição para o opositor Edmundo González. A percepção faz parte de grupos de brasileiros que afirmaram ser de direita (77%) e de esquerda (62%). Por outro lado, 15% afirmou acreditar que Maduro venceu nas urnas venezuelanas.
A pesquisa ainda mostra que 73% dos entrevistados não acreditam nos argumentos da Venezuela de que as eleições foram seguras e atenderam os critérios eleitorais.
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O levantamento ouviu 1.515 pessoas, entre os dias 10 e 15 de agosto. As entrevistas foram realizadas em 112 cidades de cinco regiões brasileiras e a margem de erro é de 2,5%, para mais ou para menos.
Posição de Lula
O movimento mais recente de Lula se deu no último sábado (24), quando o presidente emitiu uma declaração em conjunto com o colombiano Gustavo Petro. A posição pressionou para que Maduro tornasse pública as atas da eleição - pedido levado a Maduro desde o fim das votações, em julho.
"Ambos os presidentes [do Brasil e da Colômbia] permanecem convencidos de que a credibilidade do processo eleitoral somente poderá ser restabelecida mediante a publicação transparente dos dados desagregados por seção eleitoral e verificáveis", diz trecho da nota.
A demanda por um resultado também foi levada a líderes da base governista na Câmara dos Deputados em encontro no Palácio do Planalto, na segunda-feira (26). A mensagem foi semelhante ao posicionamento brasileiro e colombiano.