Trump visita Capitólio pela primeira vez desde a invasão em janeiro de 2021
Ex-presidente se reuniu com congressistas republicanos para debater campanha eleitoral
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se reuniu, na quinta-feira (13), com congressistas republicanos da Câmara e membros do Senado no Capitólio. Essa foi a primeira visita de Trump ao local desde a invasão de 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores do republicano contestaram a vitória de Joe Biden nas eleições.
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Segundo os congressistas, a reunião teve como objetivo abordar uma série de questões que podem afetar a campanha eleitoral de Trump nos próximos meses. Um dos temas elencados foi o aborto, que vem gerando um grande debate após a Suprema Corte derrubar a jurisprudência que garantia o direito no país. Ele pediu cautela aos colegas.
"Foi uma grande reunião. No Partido Republicano há uma tremenda unidade. Temos um grande senso comum, gente muito inteligente”, disse Trump, na saída do Capitólio. O republicano ainda aludiu ao seu slogan de campanha, afirmando que “fará com que os Estados Unidos voltem a ser grandes de novo” – Make America Great Again.
A ida de Trump a Washington incluiu ainda uma reunião com CEOs da empresa Business Roundtable. O político debateu propostas econômicas para um possível segundo mandato presidencial, como cortes de impostos para empresas e redução das burocracias.
Trump deve ser anunciado como candidato à Presidência pelo Partido Republicano nos próximos meses, resultando em uma revanche com Biden nas urnas, em 5 de novembro. Ambos se enfrentaram pela última vez em 2020, quando o democrata ganhou o pleito. O resultado não foi aceito por Trump, resultando na invasão ao Capitólio.
Ataque ao capitólio
O ataque ao Capitólio ocorreu em 6 de janeiro de 2021, ano em que Biden assumiu o governo após derrotar Trump nas urnas. Na data, apoiadores do ex-mandatário foram até o prédio alegando, sem provas, fraude nas eleições. Eles conseguiram superar o esquema de segurança, invadindo o local e destruindo objetos e ameaçando trabalhadores.
O ato resultou na morte de cinco pessoas e deixou mais de 140 policiais feridos. Ao todo, cerca de 1,2 mil pessoas foram acusadas de terem participado do ataque.
Em 2023, o Comitê que investigava o caso apontou Trump como o principal incentivador do ato, alegando que o ex-presidente publicou diversas mensagens pedindo para que os apoiadores respondessem às "fraudes eleitorais". Hoje, o republicano é investigado por tentar reverter o resultado das eleições e por conspiração de fraude eleitoral.