Política

Deputados de SC aprovam fim de cotas raciais em universidades estaduais

Parlamentares defenderam que reserva de vagas deve atender apenas critérios socioeconômico

Imagem da noticia Deputados de SC aprovam fim de cotas raciais em universidades estaduais
Plenário da Alesc | Divulgação/Alesc

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou, na quarta-feira (10), o projeto de lei que proíbe a adoção de cotas raciais em universidades públicas do Estado. A medida, que também vale para instituições que recebem recursos estaduais, agora segue para sanção do governador Jorginho Mello (PL).

SBT News Logo

Siga o SBT News no Google Discover e fique por dentro das últimas notícias.

Siga no Google Discover

O texto veda a reserva de vagas com base em critérios raciais para o ingresso de estudantes ou contratação de docentes, técnicos e qualquer outro profissional nas instituições. Ficam isentos da proibição apenas Pessoas com Deficiência (PCD) e estudantes de escolas públicas ou com critérios econômicos.

“Nós não estamos tirando a cota de quem precisa. Pelo contrário, estamos regrando que a cota deve ser para quem realmente tem algum tipo de deficiência econômica e sozinho, através da sua estrutura familiar, não consegue uma oportunidade para estudar em universidade. Então, prevalece o entendimento socioeconômico”, justificou o deputado Alex Brasil, autor da proposta.

Segundo o texto, as universidades que descumprirem a lei poderão ser multadas em R$ 100 mil por edital publicado em desacordo com a norma e até perder os repasses de verba pública. Outra penalidade prevista no projeto é a abertura de um processo administrativo disciplinar para os responsáveis pela criação e publicação do edital “irregular”.

O que são cotas raciais?

As cotas raciais são ações afirmativas que reservam vagas em universidades e concursos públicos para grupos historicamente desfavorecidos, como negros e indígenas, a fim de reduzir desigualdades.

A iniciativa funciona reservando uma porcentagem de vagas para candidatos que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas e que geralmente também cumprem outros critérios, como ter estudado todo o ensino médio em escolas públicas. A comprovação do direito à cota geralmente envolve uma etapa de heteroidentificação, que analisa as características fenotípicas (cor da pele, cabelo, traços faciais) do candidato.

Últimas Notícias