Publicidade

Trump surpreende republicanos e diz que lei que criminaliza o aborto no Arizona "vai longe demais"

Legislação permite procedimento apenas quando a vida da mãe está em risco; ex-presidente pediu que legisladores alterem norma

Trump surpreende republicanos e diz que lei que criminaliza o aborto no Arizona "vai longe demais"
Publicidade

O ex-presidente Donald Trump surpreendeu aliados ao não apoiar integralmente o restabelecimento da lei que criminaliza o aborto no Arizona (EUA). Em declaração na quarta-feira (10), o republicano, que defende a derrubada da jurisprudência que garantia o direito ao procedimento no país, afirmou que a legislação “vai longe demais”.

“Tenho certeza que o governador e todo mundo vai trazer isso de volta à razão e isso será resolvido”, disse Trump, informando que pediu aos legisladores para alterarem a lei.

A norma em questão foi restabelecida na última terça-feira (9), pela Suprema Corte do Arizona. Datada de 1864, a legislação criminaliza o aborto em todos os casos, exceto quando a vida da mãe está em risco. Isso significa que o procedimento não poderá ser realizado no estado em casos de estupro ou incesto, assim como era permitido.

Apesar de não ser o primeiro estado a restringir o aborto desde a derrubada da Roe v. Wade – o que deixou cada estado responsável pela regulamentação do procedimento –, a lei do Arizona é a mais restrita do país até o momento. Na Carolina do Norte, por exemplo, o aborto foi proibido, mas somente após 20 semanas de gestação.

Trump não foi o único republicano que criticou a decisão do Arizona. Parlamentares estaduais como o deputado Matt Gress e o senador TJ Shope denunciaram a retomada da lei, alegando que a norma foi aprovada em 1864, ou seja, quando o Arizona ainda não era um estado oficial devido à guerra civil promovida por sulistas no país (1861-1865).

"Esta decisão não pode se sustentar. Eu rejeito categoricamente voltar o relógio para uma época em que a escravidão ainda era legal e poderíamos prender mulheres e médicos por causa de um aborto”, disse Gress, que categorizou a decisão como “decepcionante”.

+ Suprema Corte dos EUA julgará restrições à pílula abortiva em 2024

A republicada Kari Lake, que concorre para representar o Arizona no Senado norte-americano, também criticou a norma. Ela pediu aos legisladores que voltem a debater a lei e cheguem a uma solução “de bom senso” que os habitantes do Arizona possam apoiar. “Falo com a população do Arizona mais do que qualquer pessoa e é bastante claro que esta lei está em descompasso com o estado”, disse.

Publicidade
Publicidade

Assuntos relacionados

Estados Unidos
Trump
Arizona
Aborto

Últimas notícias

Índia avança na 5ª fase de eleição geral iniciada em 19 de abril

Índia avança na 5ª fase de eleição geral iniciada em 19 de abril

Maior pleito do mundo será concluído em 1º de junho e tem Narendra Modi como favorito nas eleições
Chuvas no RS: IBGE cria força-tarefa para capacitar gestores municipais a usar dados

Chuvas no RS: IBGE cria força-tarefa para capacitar gestores municipais a usar dados

O instituto oferecerá suporte para que as cidades realizem melhores diagnósticos quanto às necessidades das áreas afetadas
Pesquisa: sete a cada dez brasileiros acreditam que falta de dinheiro afeta a saúde emocional

Pesquisa: sete a cada dez brasileiros acreditam que falta de dinheiro afeta a saúde emocional

Dinheiro é maior preocupação do trabalhador, acima de temas como família, saúde e trabalho
Ciro Nogueira vê politização em condução de Pimenta à autoridade federal no Rio Grande do Sul

Ciro Nogueira vê politização em condução de Pimenta à autoridade federal no Rio Grande do Sul

Para o senador e ex-ministro de Bolsonaro, o ex-ministro da Secom "não tem qualificação” técnica para o cargo
Lula lamenta morte de presidente do Irã e chanceler em acidente aéreo

Lula lamenta morte de presidente do Irã e chanceler em acidente aéreo

Governo brasileiro reage com consternação à morte de Ebrahim Raisi em acidente de helicóptero ocorrido no domingo (19)
Médica pediatra morre com suspeita de dengue 13 dias após o filho de 5 anos

Médica pediatra morre com suspeita de dengue 13 dias após o filho de 5 anos

Laysa estava internada desde sábado (18) em estado gravíssimo; filho foi a primeira morte por dengue confirmada em Teresina em 2024
Tribunal Internacional pede mandados de prisão contra Netanyahu e líderes do Hamas

Tribunal Internacional pede mandados de prisão contra Netanyahu e líderes do Hamas

Anúncio da procuradoria não tem risco de efeito imediato, mas demonstra isolamento de Israel
Empresário baleado enquanto se exercitava no RJ está em estado grave

Empresário baleado enquanto se exercitava no RJ está em estado grave

Paraibano que mora no Rio há 27 anos tem rotina de treinar na região; delegacia da Barra da Tijuca investiga o caso
Agente de trânsito joga cones colocados pela prefeitura em via para esportes

Agente de trânsito joga cones colocados pela prefeitura em via para esportes

Servidora pública do Rio Grande do Norte estava de folga quando desrespeitou a limitação feita para projeto que incentiva esportes
Advogada desaparecida no RJ: o passo a passo até a prisão de suspeitos

Advogada desaparecida no RJ: o passo a passo até a prisão de suspeitos

Homem de confiança da família, seus filhos e amante foram denunciados pelo Ministério Público pelo sequestro de Anic de Almeida Peixoto Herdy
Publicidade
Publicidade