Trump se esquiva de responsabilidade por 6 de Janeiro; Biden aponta apoio a neonazistas
No primeiro debate para eleições presidenciais dos Estados Unidos, presidente e ex discutem invasão do Capitólio
Ao ser questionado sobre sua participação na invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, o ex-presidente Donald Trump se esquivou de responsabilidades sobre a ação de seus apoiadores. “Em 6 de janeiro, tínhamos menos regulações, menos impostos, fronteiras fortes”, disse o republicano.
Trump afirma que incentivou apenas ações “pacíficas e patrióticas” e responsabilizou a democrata Nancy Pelosi por ter, segundo ele, negado a oferta de 10 mil agentes para reforçar a segurança em Washington.
Apesar de negar participação, Trump defendeu os invasores, dizendo que os Estados Unidos deveriam ter vergonha do que fizeram com “algumas pessoas que são muito inocentes”.
Biden disse que Trump encorajou as pessoas a invadir o Capitólio e defendeu a prisão dos culpados. “Aquelas pessoas eram patriotas?”, questionou, lembrando que Trump defendeu o grupo Proud Boys, envolvido na tentativa de golpe de 6 de janeiro.
Nesse contexto, o democrata aproveitou para lembrar que Trump foi recentemente condenado pela Justiça por ter fraudado registros financeiros para comprar o silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels. “O único homem condenado agora neste palco é ele”, disse Biden.
“O filho dele foi condenado”, afirmou Trump, em referência a Hunter Biden, condenado por mentir sobre o uso de droga ao comprar arma. “E ele vai ser condenado quando sair da presidência dos Estados Unidos. Eu não fiz nada. É um sistema manipulado”.
"Não fiz sexo com uma estela pornô”, disse Trump, alegando, novamente, que a decisão foi manipulada e que o juiz era democrata.
Biden também voltou a dizer que se candidatou à presidência dos Estados Unidos porque viu Trump defender manifestantes de Charlottesville que carregavam suásticas. “Ele não merece ser presidente.”
Os dois participam nesta quinta-feira (27) do primeiro debate da corrida presidencial dos Estados Unidos, promovido pela CNN.