Trump recua e adia tarefas sobre o México até 2 de abril
Não haverá alívio tarifário para o Canadá; Alckmin se reunirá com ministro do comércio para discutir tarifas
Ellen Travassos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (6) que o México não será obrigado a pagar tarifas sobre quaisquer produtos que se enquadrem no Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) até dois de abril.
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Trump disse que conversou com a presidente do México, Claudia Sheinbaum. "Concordei que o México não será obrigado a pagar tarifas sobre qualquer coisa que se enquadre no acordo USMCA", escreveu na rede social, Truth Social.
As tarifas entraram em vigor na terça-feira (4), e desde então, Trump fez duas mudanças. Na quarta-feira (5), ele anunciou que montadoras em conformidade com o USMCA receberiam uma isenção de um mês das tarifas de 25% impostas aos dois maiores parceiros comerciais dos EUA no início desta semana.
Após a imposição de tarifas, China, Canadá e México anunciaram medidas retaliatórias. "É provável que [a suspensão] cubra todos os bens e serviços em conformidade com o USMCA, de modo que o que faz parte do acordo do presidente Trump com Canadá e México provavelmente obterá uma isenção dessas tarifas", disse o secretário de Comércio Howard Lutnick à CNBC nesta quinta.
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Pouco depois dos comentários de Lutnick, Trump confirmou esse alívio tarifário para o México, mas não mencionou alívio para o Canadá, alegando que o primeiro-ministro está "usando o problema das tarifas. que ele em grande parte causou, para se candidatar novamente ao cargo".
Nesta quinta, Trudeau afirmou que o Canadá "continuará em guerra comercial" com os EUA mesmo que haja "pausas" nas tarifas.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, terá uma reunião nesta quinta-feira (6) com o ministro do comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, em meio à tensão comercial provocada pelo presidente norte-americano Donald Trump.
Embora o Brasil ainda não tenha sido alvo direto, medidas como a taxação de aço, do alumínio e da madeira, além de cobranças sobre produtos agrícolas, podem afetar setores importantes da economia brasileira.
