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Trump compara Putin e Zelensky a "óleo e vinagre" e diz que prefere não estar presente em encontro

Presidente norte-americano defendeu que líderes devem se reunir sozinhos e decidir o que podem fazer para encerrar conflito

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Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | White House
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que prefere não estar presente em um eventual encontro entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o líder russo, Vladimir Putin. Em declaração na sexta-feira (22), o republicano comparou ambos os líderes a “óleo e vinagre”.

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"Vamos ver se Putin e Zelensky vão trabalhar juntos, sabe, é como óleo e vinagre, um pouco. Eles não se dão bem por razões óbvias, mas veremos. E então veremos se eu teria que estar lá ou não. Prefiro não estar. Prefiro que eles se reúnam e vejam o que podem fazer”, disse Trump.

O presidente norte-americano vem tentando mediar um acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia desde janeiro deste ano, quando voltou a assumir a Casa Branca. Neste mês, o republicano conseguiu avançar nas negociações, encontrando-se, separadamente, com Putin e com Zelensky em Washington.

Após os encontros, Putin e Zelensky concordaram em se reunir para debater um acordo de paz. Inicialmente, esperava-se que a cúpula entre os líderes acontecesse em até duas semanas. Nesta semana, contudo, o Kremlin afirmou que a reunião não deve acontecer por enquanto, uma vez que não há uma “agenda clara” por parte dos ucranianos. O local do encontro também não foi decidido.

Exigências russas

Na segunda-feira (18), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiantou que, para conseguir um acordo com a Rússia, Zelensky deveria abandonar a ideia de recuperar a Crimeia, anexada por Moscou em 2014, bem como de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

As medidas fazem parte das exigências do governo russo para acabar com o conflito. No caso da Crimeia, Moscou alega que a anexação aconteceu por razões históricas e pela vontade da população local. Já em relação à Otan, o Kremlin classifica como ameaça a expansão da aliança militar pelo Leste Europeu, uma vez que quase todos os países fronteiriços já pertencem ao bloco.

Como um dos objetivos de guerra de Putin é conquistar Donbass, a previsão é que o líder russo estipule trocas territoriais como parte de um acordo de paz. Formada pelas regiões ucranianas de Luhansk e Donetsk, a bacia de Donbass, de aproximadamente 45 mil km², abriga grandes reservas de carvão e ferro, economicamente valiosas para Moscou.

Em declarações anteriores, Zelensky rejeitou entregar os territórios à Rússia. Para o líder ucraniano, tal ação impediria a Ucrânia de atuar em linhas defensivas e abriria caminho para Moscou realizar novas ofensivas no país.

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Trump, por sua vez, disse que a troca territorial talvez seja necessária para chegar a um acordo de paz. O chanceler alemão Friedrich Merz, aliado da Ucrânia, discordou, dizendo que a exigência russa é “equivalente aos Estados Unidos terem que ceder a Flórida”. “Um Estado soberano não pode simplesmente decidir algo assim. É uma decisão que a Ucrânia deve tomar por conta própria durante as negociações", pontuou.

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