Trump assina decreto para enfraquecer Departamento de Educação nos EUA
Medida transfere decisões educacionais para estados e reduz atribuições do órgão federal
Thiago Ferreira
Cumprindo uma promessa de campanha, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto com o objetivo de reduzir a influência do Departamento de Educação, órgão equivalente ao Ministério da Educação no Brasil.
A cerimônia ocorreu na Casa Branca, onde o salão foi decorado como uma sala de aula, com carteiras e alunos posicionados em destaque. No evento, Trump afirmou que os Estados Unidos gastam mais com educação do que qualquer outro país, mas que os resultados de desempenho estudantil continuam insatisfatórios.
"Quarenta por cento dos alunos da quarta série mal conseguem ler", declarou o presidente.
O decreto transfere para os estados a responsabilidade pela definição de normas educacionais, como métodos de avaliação e padrões de aprendizagem. Antes, essas diretrizes eram estabelecidas em nível federal. Além disso, metade dos funcionários do Departamento de Educação foi dispensada nas semanas anteriores ao anúncio. Segundo a Casa Branca, o órgão ficará responsável apenas por serviços como empréstimos estudantis e bolsas de estudo.
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A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que a decisão representa uma redução, e não a extinção do departamento, o que só seria possível com aprovação do Congresso.
Segundo Leavitt, a medida conta com o apoio de "muitos pais", que desejam ter maior influência nas diretrizes educacionais de seus estados. "As notas das nossas crianças em leitura, literatura, matemática e ciências são extremamente preocupantes, e os números provam isso", acrescentou.
A decisão gerou críticas de membros do Partido Democrata e de sindicatos de professores, que argumentam que a redução do papel do Departamento de Educação pode ampliar as desigualdades já existentes, prejudicando alunos de minorias sociais.