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Tarifaço de Donald Trump começa a valer para cerca de 90 países

Medida, comemorada pelo presidente dos EUA, impõe tarifas extras a produtos importados e pressiona empresas estrangeiras

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Entrou em vigor hoje o chamado “tarifaço” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que atinge cerca de 90 países. A aplicação das chamadas “tarifas recíprocas” foi considerada pelo próprio presidente como uma vitória.

Trump comemorou o início da cobrança, afirmando que as taxações acontecem em níveis nunca antes imaginados.

As tarifas representam o valor adicional que os importadores terão de pagar para vender, nos Estados Unidos, produtos fabricados no exterior. Um calçado produzido no Brasil, por exemplo, que custa R$ 100, sairá por R$ 150 para o importador norte-americano, já que a tarifa imposta à maioria dos produtos brasileiros é de 50%.

Segundo o governo americano, o objetivo é estimular o consumo de produtos fabricados nos Estados Unidos que, em tese, serão mais baratos, e pressionar empresas estrangeiras a instalarem fábricas no território americano para obter isenção de impostos.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos estima que apenas em julho, US$ 30 bilhões a mais entraram nos cofres públicos com a cobrança extra das tarifas, um aumento de 240% em relação ao mesmo mês do ano passado.

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Inflação

Economistas alertam que o tarifaço pode elevar a inflação lá nos Estados Unidos — algo que, por enquanto, ainda não ocorreu de forma significativa.

A escalada das tarifas gera, no entanto, apreensão em várias partes do mundo. Na Suíça, uma produtora de Genebra disse estar preocupada com os impactos para pequenos exportadores. Os produtos suíços foram taxados pelos Estados Unidos em 39%.

Nesta semana, a presidente da Suíça esteve em Washington para tentar negociar com Trump, mas não foi recebida e voltou à Europa sem acordo.

A China está na lista de espera. Atualmente, as tarifas extras sobre produtos chineses estão fixadas em 30%. O acordo com os americanos vai até o dia 12 de agosto e, depois disso, os índices podem ultrapassar 50%.

Sobre o caso chinês, o negociador de comércio exterior da Casa Branca, Peter Navarro, afirmou que o governo não quer que a guerra tarifária chegue a um ponto que prejudique os Estados Unidos.

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